O embate que se formou em torno da antecipação da eleição do próximo presidente da Câmara Municipal de Aparecida, com a recondução do atual dirigente do Legislativo André Fortaleza, confirma a falta de sintonia e relação entre o prefeito Gustavo Mendanha e seu vice Vilmar Mariano, o Vilmarzim – que assume a Prefeitura caso o gestor aparecidense venha a renunciar ao mandato em 2 de abril de 2022 para se candidatar ao governo do Estado.
Normalmente, a eleição se daria no final do 2º semestre do ano que vem. Caso venha a ocorrer a desincompatibilização de Mendanha e a posse de Vilmarzim, dificilmente Fortaleza seria reconduzido, já que não integra o grupo do atual vice-prefeito.
Vilmarzim e Mendanha já se desentenderam antes. Na solenidade em que o prefeito assumiu o 2º mandato, em janeiro passado, o vice se recusou a falar, segundo se comentou na época em represália por não ter sido ouvido na montagem do novo secretariado.
Caso venha a ter a sua reeleição assegurada, desde já, André Fortaleza daria alguma segurança para os" mendanhistas", provavelmente fora do poder e na rua da amargura no final de 2022, na hipótese de candidatura e derrota de Mendanha ao governo do Estado. A recondução do atual presidente do Legislativo, já, seria uma garantia de que o grupo teria alguma força para se antepor a Vilmarzim na Prefeitura – valendo lembrar que ela abriga hoje um dos maiores cabides de empregos do Estado, com toda a classe política de Aparecida pendurada no seu vasto cabedal de cargos e salário.
""Isso é ridículo. Não aceitamos interferências do prefeito, vice-prefeito, deputados, autoridades religiosas, nem pessoal, nem financeira", disse na ultima quinta (14/10), André Fortaleza, ao ser confrontado com a hipótese de Vilmarzim não aceitar a antecipação da eleição para a presidência da Câmara, preferindo que ela ocorra no seu mandato, se vier a assumir.
Fonte: Com informações do Diário de Aparecida