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Coronavírus

Governo de Goiás e OVG reforçam cuidados com idosos durante a pandemia

Moradores do Sagrada Família e da Vila Vida recebem atenção especial neste período; a rotina das unidades foi alterada para evitar a contaminação pelo coronavírus


Enfermeira Domingas Fernandes medindo a temperatura de Maria Fagundes Araújo, moradora do Sagrada Família. (Foto: Cristina Cabral/OVG)
O Governo do Estado e a Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) redobraram a atenção com os moradores dos Centros de Idosos Sagrada Família e Vila Vida. As unidades adotaram novos procedimentos e mudaram a rotina para evitar a contaminação pelo novo coronavírus. O trabalho inclui cuidados com a saúde física e mental, durante o isolamento social.

Profissionais da área da saúde passaram a orientar e monitorar os idosos com mais frequência. Eles visitam as Casas-Lares, nos períodos da manhã e da tarde, para aferir pressão arterial e verificar a temperatura dos moradores, que também recebem informações sobre a importância da higiene para a proteção pessoal.

Os idosos só podem sair em caso de emergência médica, e as visitas foram suspensas. Para passar o tempo e trabalhar a mente, eles são estimulados a participar de jogos de memorização, treinamento funcional e caminhadas nas áreas verdes das unidades. O serviço de psicologia intensificou a atividade de escuta.

O bate-papo, sem muita aglomeração, é estimulado. Mas vem acompanhado de um acessório fundamental: a máscara. Valdivina da Cunha Morais, 81 anos, e Valdicena Antônia da Costa, 83 anos, passam parte do tempo conversando na varanda de casa. Vizinhas há oito anos, elas gostam de trocar receitas e acreditam que o isolamento social pode unir mais os 29 moradores do Centro de Idosos Sagrada Família, a maioria tem mais de 70 anos.

"Não poder sair de casa é um sacrifício, mas pelo nosso bem comum. Já que estamos todos na mesma situação, acredito que a hora é ideal para nos conhecermos mais", conclui dona Valdivina. Já Wilma Ferraz, 70 anos, "resgatou" o ofício que a sustentou na juventude: a costura. Ela está fazendo máscaras de tecido e doando boa parte da produção para os vizinhos. "Para mim, o mais importante é me encher de atividades, me sentir útil e ativa", afirma.

A atenção para com 70 moradores da Instituição de Longe Permanência do Idoso (ILPI) do Sagrada Família também foi redobrada. As visitas foram suspensas, e os moradores das Casas-Lares não podem ir mais à ILPI. Uma geriatra realiza consultas diárias na unidade. Se surgir algum caso suspeito de contaminação pelo coronavírus, imediatamente o idoso será enviado para a realização do teste para a Covid-19.

Além disso, todos os profissionais que cuidam dos idosos da ILPI e fazem os serviços gerais estão usando Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Medidas de prevenção também foram reforçadas, tais como higienizar as mãos com frequência, utilizando água e sabão ou, se não for possível, com álcool em gel; além da limpeza dos espaços com ainda maior regularidade.

*Equipe ampliada*

As Casas-Lares ganharam o reforço de colaboradores de outras unidades da OVG, que não estão atendendo nesse período de pandemia, como o Espaço Bem Viver I e II, Programa Meninas de Luz e Centro de Adolescentes Tecendo o Futuro. Dessa forma, foi possível aumentar o suporte aos moradores. Uma equipe faz compras para os idosos pelo WhatsApp e outro grupo higieniza tudo que vem de fora, antes de repassar aos moradores.

Da Vila Vida vem mais um exemplo de união em tempos de isolamento social. A unidade fez parceria com o Banco de Alimentos da OVG e está recebendo verduras e frutas para reforçar a alimentação e aumentar a imunidade dos moradores.

A rede de solidariedade também foi abraçada pela Casa do Interior de Goiás, que aos finais de semana e feriados faz o almoço e jantar para os 28 moradores da Vila Vida. Durante a semana, agora, eles recebem refeições do Restaurante do Bem em suas casas.

Na Vila Vida também virou rotina participar de rodas de bate-papo com orientações sobre como lavar as mãos com frequência com água corrente e sabão ou higienizá-las com álcool em gel. Para estimular a prevenção, a unidade dispõe de pontos e materiais para essa higienização nos corredores, recepção e outras áreas comuns.

A diretora-geral da OVG, Adryanna Melo Caiado, reforça que quase todas as atividades do dia a dia foram repensadas. Os espaços costumavam proporcionar passeios para distrair e contribuir com a saúde dos idosos, mas o isolamento social exige novas práticas. "Eles não podem ficar expostos como antes, então tivemos de mudar isso. Hoje, reformulamos as atividades internas, tentando trabalhar ao máximo nossos espaços, para evitar muita proximidade", conta.

Presidente de honra da OVG e coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais, a primeira-dama Gracinha Caiado completa que a instituição mudou a rotina dos idosos levando em conta duas situações: o dever de manter um serviço de qualidade e a necessidade de proteger as pessoas que fazem parte do grupo mais suscetível às complicações do coronavírus.

"O isolamento social é físico, mas não precisa ser emocional. Com atenção e carinho, seguindo orientações do Governo Estadual, redobramos os cuidados com os nossos idosos. Tenho certeza de que, juntos, vamos vencer esse momento", conclui.

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