O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) homologou nesta terça-feira (8) a fusão do Democratas (DEM) com o Partido Social Liberal (PSL), dando origem ao União Brasil. O partido vai aparecer nas urnas com o número 44 e surge como a maior bancada da Câmara dos Deputados.
Em um primeiro momento, o União terá o total de 81 deputados federais, somados os 55 que eram do PSL e 26 do DEM. No Senado, terá sete nomes.
O ministro Edson Fachin, relator do processo no TSE, votou para autorizar a fusão e aprovar o registro do estatuto e o programa partidário da nova agremiação política. O ministro considerou que as legendas cumpriram todos os requisitos previstos na Lei dos Partidos Políticos. A decisão foi unânime.
O novo partido deverá ser presidido pelo deputado Luciano Bivar (PE), atual presidente do PSL. ACM Neto, ex-prefeito de Salvador e atual presidente do DEM, será o secretário-geral.
Saídas são previstas
A fusão do DEM e PSL foi oficializada em Brasília durante uma convenção no ano passado, mas faltava o aval do TSE. Estava no horizonte à época, mas ganhou ainda mais força nos últimos meses o movimento de debandada da nova agremiação.
A partir de março os parlamentar okes terão uma janela para pedir a mudança de partido. E já é aguardada a saída de parte da bancada do PSL, partido pelo qual o presidente Jair Bolsonaro (PL) se elegeu e onde ainda tem bastante apoio. No DEM, as trocas tendem a ser menores.
O movimento ganha ainda mais força com a chegada do ex-juiz Sérgio Moro na corrida presidencial. Hoje filiado ao Podemos, ele é tido como uma das apostas do União para as eleições de 2022.