Da esquerda à direita, do camponês ao empresário do agronegócio. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (25/10), durante entrevista à Rede Nova Brasil FM, que pretende montar uma equipe de governo extremamente diversificada, para incluir todos os seguimentos da sociedade, com o objetivo de harmonizar o Brasil.
Segundo ele, o papel do presidente da República é dialogar com todos, escutar suas demandas e criar políticas públicas que alcancem o maior número de pessoas, e não segregar a população, pregar o ódio e governar apenas para um pequeno grupo de escolhidos.
"Eu quero montar uma equipe muito diversificada, com gente de várias forças políticas, gente que conheça a máquina pública, e gente que tenha no coração e na cabeça, a mentalidade da inclusão social. Nós precisamos tirar o Brasil do atraso a que ele foi submetido", declarou.
Lula criticou a violência política atual e disse que o aumento da intolerância começou quando Aécio Neves, em 2014, não aceitou o resultado das urnas e questionou a lisura do processo democrático brasileiro. Na época, auditorias internas e externas provaram que não houve fraude na eleição.
O ódio, por consequência, se materializou com a vitória de Jair Bolsonaro em 2018, numa campanha manchada por notícias falsas, afirmou o ex-presidente. Para desatar esse nó, Lula planeja dialogar com todos, tendo o respeito e a melhoria da qualidade de vida das pessoas como premissas.
"Vou juntar o setor econômico, empresários e sindicatos para elaborar políticas públicas combinadas entre nós. Eu quero conversar com todos os setores, com o pequeno produtor rural, com o agronegócio, porque esse é o papel do presidente da República, ser o maestro de uma orquestra chamada Brasil. Uma orquestra que tem vários setores, pensamentos, visões ideológicas."
"O papel do presidente é conversar com todo mundo. Por isso eu vou envolver todas as pessoas que podem decidir alguma coisa para que a gente faça esse país voltar a funcionar harmonicamente", completou Lula.