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Goiás

"É momento de distensionar", diz Caiado sobre tirar o Brasil da crise

Durante debate on-line, promovido pelo My News, Governador de Goiás saiu em defesa da democracia e garantiu que o inimigo comum do País é a pandemia, que deve ser vencida a partir da união de esforços


Caiado salientou que o momento pede, mais do que nunca, sintonia entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. (Reprodução/Secom Goiás)
Diálogo. Esta foi a ferramenta defendida pelo governador Ronaldo Caiado, na noite de segunda-feira (1º/6), como a única capaz de retomar a ordem no Brasil e fazer voltar as atenções para o que a população mais precisa de imediato, que é o controle da pandemia e de seus desdobramentos. "É momento de distensionar", frisou durante entrevista por videoconferência ao programa Segunda Chamada, do canal My News.

Como médico, Caiado deu nome e sobrenome ao maior inimigo do Brasil no momento: Covid-19. Nesse contexto, avaliou que é preciso impedir o avanço desse agente invisível, que se torna tão palpável quanto maligno no momento em que causa a morte de algum ente querido ou gera outros efeitos, como o desemprego. "[O coronavírus] é o nosso adversário primeiro. Depois vem o quadro da fome, do desemprego e da crise social, que estão dando primeiros passos e precisamos atuar", concluiu.

Ao lado de Antonio Tabet, Mara Luquet, Creomar de Souza e Carlos Andreazza, o governador de Goiás debateu sobre os temas que estão em alta no País, especialmente os protestos de rua, que se dividem entre favoráveis e contrários ao presidente Jair Bolsonaro. Conforme avaliou Caiado, apesar da polarização, o cenário leva a um senso comum: "Juntar crises econômica, sanitária e política num caldeirão só vai dar naquilo que ninguém quer para o Brasil".

Caiado salientou que o momento pede, mais do que nunca, sintonia entre os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Ressaltou que a democracia precisa ser "reconhecida e respeitada" por todos, e que ela não surge a partir da aniquilação do presidente da República, do Congresso Nacional ou do Supremo Tribunal Federal (STF). "Confrontar não fortalece o processo democrático, pelo contrário, fragiliza. E é contra isso que temos que nos posicionar", opinou sobre as manifestações registadas em São Paulo no último domingo (31/5).

O governador defendeu que o espaço para discussões é o Congresso Nacional, onde estão os representantes do povo e se concentram os projetos de Lei que vão afetar diretamente a vida do cidadão brasileiro. "O Congresso não pode ser transferido para a Avenida Paulista", pontuou. E ainda chamou a atenção para o poder do voto. "Não existe democracia sem que tenha um Congresso representativo. Ponto. Se não está satisfeito, eleja outros em 2022."

Ao ser questionado sobre a postura de Bolsonaro na condução da pandemia, Caiado esclareceu que o tem aconselhado no sentido de construir uma agenda conjunta com os demais Poderes. "Naquilo que eu puder contribuir, vou contribuir para convergir", disse. Mesmo assim, o governador acredita que o momento é de voltar os olhos para o controle da crise, e não de discutir processo de impeachment, o que só elevaria o cenário conturbado do País. "Não aprovo qualquer ação de afastamento."

Segurança Pública
Mara Luquet ainda perguntou a Caiado se havia um mapeamento da atuação da milícia no Estado. Ele foi enfático: "Não existe, não tem milícia em Goiás. Aqui bandido não cresce". Caiado pontuou alguns dos resultados conquistados pelo trabalho independente das forças de Segurança em Goiás.

"Em um ano e meio temos melhor índice [de segurança] no País. Para se ter ideia, Goiânia já chegou a ter 30 assaltos carro por dia, hoje passamos até uma semana sem registrar nenhum. Temos combatido fortemente a rota de droga também", exemplificou. O governador lembrou que saúde e segurança foram os dois principais pontos de sua campanha: "a segurança já conseguimos resolver, e com relação à saúde estamos lutando fortemente".

Henrique Mandetta
Defensor da tese de que não se deve antecipar o debate eleitoral de 2022, Caiado relatou que o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta não tem pretensões políticas e que aguarda definições do Conselho da Presidência da Saúde para voltar à batalha contra o coronavírus. "Mandetta está no interior do Mato Grosso do Sul. Tem uma quarentena a cumprir e está aguardando para voltar às atividades, já que é um apaixonado pela medicina, pelo SUS", frisou. "Este é o objetivo principal do Mandetta. Ele tem muito a contribuir para os Estados que estão vivendo os piores momentos com o problema da pandemia", ressaltou.

Secretaria de Comunicação - Governo de Goiás

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