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Poder Legislativo

Alego: Miniusina de energia solar do Palácio Maguito Vilela vai funcionar nos próximos dias

Funcionamento da primeira etapa do sistema depende da conclusão de ajustes que tiveram que ser feitos no projeto, mas a previsão é de que, em muito breve, grande parte da energia elétrica consumida no prédio seja originária dos raios solares. O sistema é parte da política de sustentabilidade do projeto de construção da sede da Alego, gerando economia de recursos e, ao mesmo tempo, mitigando os efeitos do aumento do consumo de energia elétrica na região onde foi construído o Palácio Maguito Vilela.


Quando entrar em funcionamento, a miniusina deve gerar, mensalmente, 21.949 quilowatts de energia elétrica, o que vai garantir parte considerável do consumo do prédio. Além de economia para os cofres da Assembleia Legislativa de Goiás, a geração própria, também, vai mitigar os efeitos do aumento do consumo de energia elétrica na região onde foi construída a nova sede, inaugurada no ano passado.
Segundo o engenheiro eletricista da Alego, Luiz Amaral, a empresa responsável pela construção do prédio já fez as adequações no projeto e solicitou a aquisição dos componentes necessários para o funcionamento, que devem chegar ainda este mês.

O próximo passo vai depender da concessionária de energia elétrica, que terá que autorizar o desligamento geral da energia do Palácio Maguito Vilela.

O engenheiro explica que o sistema implementado na Alego é do tipo on grid, que é integrado à rede de distribuição. Ele permite que o novo prédio continue recebendo energia da concessionária para suprir o porcentual que não será atendido pela energia solar. Futuramente, se houver aumento na produção solar, excedendo o consumo do prédio, a Alego poderá receber créditos pela energia sobressalente. "Futuramente, vamos expandir e ter mais usinas que vão, gradativamente, fornecer mais energia limpa e renovável, rendendo também economia", prevê Amaral.

A geração de energia elétrica a partir dos raios solares integra a política de sustentabilidade exigida no projeto de construção da nova sede da Alego. Além desse item, o prédio, também, possui um sistema de captação de água gerada pelo sistema de ar-condicionado e da chuva; área permeável e 20 caixas de recarga; uso de ventilação e iluminação natural em áreas comuns, reduzindo consumo de energia; e estrutura para coleta seletiva e separação total de resíduos.

Uso da energia solar só cresce no Brasil

Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em 2022, o Brasil adicionou 9.3 GW em energia solar fotovoltaica. Com o acréscimo, a capacidade operacional da fonte superou 23 GW no País, registrando um avanço de quase 66% no período.

Conforme a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), neste ano, a expectativa é ainda melhor. Espera-se que o Brasil acrescente mais de 10 GW de geração solar fotovoltaica e atinja a capacidade instalada acumulada de 34 GW na fonte. Conforme a entidade, desse total, 21,6 GW serão provenientes de pequenos e médios sistemas de geração própria (geração distribuída), como a miniusina instalada na Alego, enquanto 12,4 GW estarão em grandes usinas solares (geração centralizada).

Muito desse crescimento é motivado pelo clima e pela localização geográfica do país. O Brasil é um dos países com médias anuais de irradiação solar mais altas do globo, sendo que a região Nordeste conta com uma incidência solar de 4,5 a 6 kWh, considerada a maior média do país. Mesmo nas regiões onde não há tanta insolação, como no Sul do Brasil, ainda é superior à de muitos países europeus, por exemplo.

A principal vantagem da instalação de um sistema de geração energia solar para os consumidores é a redução na conta de energia elétrica. E a diminuição não é qualquer coisa: estima-se que uma economia de até 95% nos gastos com o consumo.

A instalação ainda tem um custo alto. Segundo dados de empresas do mercado, um sistema de geração de 900 quilowatts (KW) exige um investimento de cerca de R$ 39 mil. Porém, especialistas no assunto apontam que o retorno do investimento aconteça em, no máximo, quatro anos. Isso significa que, depois desse período, todo o dinheiro investido na aquisição do conjunto será recuperado com a redução na conta.

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