O fotojornalista Lucas Machado e as tradicionais Congadas de Catalão têm muito para celebrar com os dois anos de publicação do livro "A fé em tempos de pandemia: Congadas – biênio 2019-2020". A versão digital do livro esteve seis vezes na primeira posição entre as obras de fotografia mais baixadas na plataforma da Amazon desde o lançamento.
Para publicar o livro, o fotojornalista acompanhou e documentou de perto ensaios e apresentações dos ternos de congo, mesmo com todas as restrições de público e distanciamento exigidas pela pandemia de covid-19. O livro destaca também o impacto da pandemia nos festejos e traz depoimentos de personagens que fazem do congado uma manifestação cultural e religiosa de grande expressão em Goiás e no Brasil.
"Acreditei que não haveria a festa em 2020 por conta da pandemia, mas de alguma forma, com toda segurança, houve as congadas, de forma reduzida, com restrições, mas aconteceu de forma especial, pois a fé falou mais alto. Quando saí para fotografar em meio a esse medo da pandemia, vivi momentos inesquecíveis de demonstração de força de vontade, fé, amor as congadas e devoção a Nossa Senhora do Rosário", relatou o fotojornalista.
À reportagem, Lucas ainda destacou que o momento mais marcante no processo de produção do livro foi observar a expressão nos rostos, mesmo com as máscaras, e o olhar emocionado de quem esteve presente nos festejos.
"A congada é a maior manifestação folclórica da nossa região, e mostrou isso mais uma vez em meio da pandemia, não desistindo, e como diz um verso do congado: "Quem quer bem dá um jeitinho", lembrou.
Novos projetos
Depois do sucesso da 1ª obra de fotografia documental, o fotojornalista Lucas Machado disse que tem novos projetos para 2023, como a publicação de 2 livros fotográficos das congadas de Catalão, sendo um a continuidade do primeiro e outro trazendo um olhar mais artístico das congadas.
"Os livros serão elaborados a partir de um acervo de mais de 40 mil fotos, que serão escolhidas uma por uma. O segundo livro é a continuação do primeiro, onde mostrarei ainda o impacto da pandemia em 2021 e a retomada a partir de 2022, provavelmente com o dobro do tamanho", explicou.
No terceiro livro, o fotojornalista quer documentar as congadas com "um olhar mais artístico". "Essa terceira obra terá uma desconstrução do olhar real e colorido sobre as congadas. Será uma obra diferente das demais e que valoriza nossa cultura sob um outro olhar. Nossa cultura merece valorização e reconhecimento", adiantou.