Tradicionalmente no mês de junho as festas juninas alegram as crianças e as famílias nas escola pelo país afora. Em Goiânia, numa escola da rede particular, um grupo especial composto por mulheres e um homem atraiu atenção dos presentes na festa junina: as fiandeiras de Hidrolândia. Conhecido por seu trabalho silencioso e habilidoso, o grupo que já tem 4 décadas, transforma matéria-prima bruta em fios delicados e tecidos deslumbrantes, mantendo viva uma tradição que atravessa gerações.
Almiria Luisa é fiandeira praticamente a vida toda, pois recebeu a herança artística da mãe. No evento do Colégio Lassale, ela e o grupo composto por 20 pessoas deixaram a festa rica com os utensílios. "Foi um momento para compartilhar histórias e conhecimentos com os mais jovens, garantindo que a sabedoria dos nossos ancestrais continue a prosperar", afirmou a fiandeira.
Maria Abadia também herdou a arte de fiar da mãe. Ela conta que se deitava no chão ao lado do tear e por lá ficava vendo sua mãe trabalhar. A fiandeira ressaltou que a visita delas à escola teve a finalidade de motivar as famílias a aprender mais sobre a arte e falar para as crianças. "Realmente estamos aqui com uma alegria imensa para tentar mostrar aos presentes como funciona a dinâmica de fiar", afirmou Maria.
A diretora da instituição, Marta Matias, destacou que a participação das fiandeiras na festa deste ano não só abrilhantou o evento, mas também reforçou a importância da preservação cultural no estado de Goiás. "Com suas mãos hábeis e dedicação incansável, as fiandeiras de Hidrolândia trouxeram para a celebração um toque autêntico e histórico, lembrando a todos da rica herança cultural da região. A nossa intenção foi promover em nosso evento as tradições locais para levar as famílias a refletirem a respeito de práticas que acompanham gerações, como é a arte de fiar", ressaltou Marta. espeito de práticas que acompanham gerações, como é a arte de fiar", ressaltou Marta.
Tradição
Para a coordenadora da primeira fase do fundamental, Nara Caroline, a participação das fiandeiras no evento da escola foi uma demonstração de habilidade e valorização das gerações de artistas dos fios. A cultura desempenha um papel vital em festas como a junina, conectando a comunidade às suas raízes e promovendo um senso de identidade e continuidade. Em Goiás, onde a tradição do artesanato é forte, eventos como este são oportunidades de celebrar e revitalizar práticas culturais que poderiam, de outra forma, ser esquecidas. As fiandeiras de Hidrolândia, com suas técnicas ancestrais, são as guardiãs dessas práticas, mantendo-as vivas e relevantes no mundo moderno.
O transporte do grupo de Hidrolândia para Goiânia se deu com a ajuda da Prefeitura que disponibilizou um ônibus que pudesse levá-las. Para a primeira-dama Carina Oliveira, o mais especial foi poder contribuir com o enriquecimento de uma festa tão bonita como a junina e ficou orgulhosa com o convite da escola.
"A coordenadora esteve em nossa cidade exclusivamente para conhecer as fiandeiras e vendo essa dedicação e entusiasmo em levar o grupo, disponibilizamos um ônibus da prefeitura para levar e trazer todos de volta", afirmou a primeira-dama de Hidrolândia.
Nara destacou ainda que a importância das fiandeiras vai além do valor estético de seus produtos. Elas sustentam economias locais e fortalecem laços sociais e culturais, inspirando as gerações futuras a valorizar e continuar esta nobre arte.
Fonte: Com Informações da Times Agência de Ideias