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Caiado ressalta que agronegócio é sustentáculo da economia e será fundamental para a retomada do crescimento pós-pandemia

Em entrevista ao Canal Rural, governador traçou um panorama dos diversos segmentos rurais que, apontou: vão continuar a auxiliar a economia brasileira a se sustentar em meio à crise sanitária e a se reerguer após a Covid-19

Por Redação em 30/04/2020 às 12:13:29
Governador Ronaldo Caiado. (Reprodução/Assessoria)

Governador Ronaldo Caiado. (Reprodução/Assessoria)

O governador Ronaldo Caiado traçou um panorama do agronegócio – que tem sido há anos uma das bases que sustentam a economia tanto goiana como nacional – e suas perspectivas em tempos de pandemia da Covid-19, durante entrevista por videoconferência na tarde da última quarta-feira (29/04) concedida ao Canal Rural. Para o governador, passado o tempo de enfrentamento ao novo coronavírus, a expectativa é que o setor se mantenha fundamental para a retomada do crescimento econômico no Estado e no País.

"Defendo a tese que nós, brasileiros, seremos os primeiros a sair da crise. Nós saberemos trazer aquilo que é fundamental, que se chama alimentação", afirmou o governador. Segundo Caiado, grande parte do mundo foi colapsada pelo coronavírus e não tem condições de retomar a atividade agropecuária com a mesma capacidade que o Brasil, já que a produção brasileira ainda não foi comprometida. "Com isso, nós teremos o mercado aberto, teremos a chance de voltar a ter um crescimento de nossas exportações, resgatar o Produto Interno Bruto e ofertar mão de obra", completou.

A realização de leilões de animais, que foram liberados mediante um protocolo sanitário rígido, foi um dos muitos assuntos abordados durante a entrevista. O governador explicou que o documento possui recomendações aos funcionários e participantes para garantir a segurança de todos e evitar a disseminação da Covid-19, como a disponibilização de local para higienização das mãos, utilização de máscaras e a proibição de servir comida e bebida alcoólica.

Também só está permitida a realização de dois leilões por semana, ou três dependendo da excepcionalidade do evento e da necessidade, com a participação máxima de 50 pessoas em área mínima de 12 metros quadrados, garantindo o necessário distanciamento. "A comercialização precisa existir para que haja a chegada do animal ao confinamento ou àquele que é relativo à pecuária de corte", comentou o governador.

Amparo ao campo

Garantir a sobrevivência do homem do campo é outra preocupação do governo
O apoio dispensado pelo Governo de Goiás ao agronegócio também foi pontuado pelo governador. Em relação aos produtores de leite, Ronaldo Caiado relembrou que o Estado capitaneou a criação da Câmara Técnica e de Conciliação da Cadeia Láctea, em parceria com entidades representativas, para a pré-definição do valor do produto, o que modificou a forma incerta com que viviam os produtores, melhorando a perspectiva de renda. A medida, frisou, foi fundamental para evitar uma queda intensa na renda dos produtores em virtude da pandemia.

Garantir a sobrevivência do homem do campo é outra preocupação do governo diante do cenário atual. Sobre o acesso ao crédito rural, os pequenos e médios produtores goianos estão tendo maior capacidade de aderir ao financiamento do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), principalmente aqueles que vivem em municípios menores e dependem exclusivamente da renda oriunda da atividade rural. Entre os benefícios do FCO estão os juros mais baixos que o mercado e o pagamento do valor em período maior.

A produção de etanol e açúcar também foi tema da conversa, quando o governador citou a baixa brusca do preço do barril de petróleo em nível internacional. Esse fato causou ainda mais a queda do valor do etanol, que perdeu grande parte da sua competitividade. Para solucionar essa dificuldade e manter a sobrevivência das indústrias, Caiado ressaltou que elas já recebem incentivos fiscais do Estado e, agora, se faz essencial "uma política junto ao governo federal para buscar alternativa para a produção de etanol", pontuou.

Ainda a respeito da situação econômica, Ronaldo Caiado citou que esteve em Brasília nesta terça-feira (28/04) para tratar sobre a recomposição de Impostos Sobre Serviços (ISS) às prefeituras e sobre a Comercialização de Mercadorias e Serviços (ICMS) aos Estados, já que ambos que perderam grande parte da arrecadação em função das medidas de isolamento social. "Essa matéria deverá ter maior intensidade de debate a partir da semana que vem", projetou o governador.
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