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Pires do Rio: Câmara recebe secretário de Meio Ambiente para explanação do projeto de cobrança de taxa do lixo

Na Câmara de Vereadores de Pires do Rio, tramita um projeto de lei complementar polêmico, que tem gerado muita discussão entre os edis e burburinho entre a população. De autoria do poder executivo, trata-se do Projeto de Lei Complementar Nº 009/22, que dispõe sobre a criação da taxa de coleta, remoção, transporte, tratamento e destinação de lixo e resíduos sólidos.

Por Redação, Carlos Duarte e Fotos: Lucas Machado em 20/11/2022 às 17:50:19

No último dia 16 de novembro, os parlamentares receberam o secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Gilmar Teodoro Resende, que foi convocado por meio de requerimento apresentado pelo Dr. Sandro Barbosa (Avante) para maiores explanações sobre o projeto.

O secretário Gilmar Resende iniciou explicando que a gestão do lixo e dos resíduos sólidos está no topo da lista de prioridades do executivo, sendo o maior desafio a destinação final dos resíduos produzidos em Pires do Rio. E a maior preocupação do secretário é que o município cumpra a Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída em 2010, lei federal que prevê metas e normas para garantir a preservação do meio ambiente e reduzir os impactos dos resíduos sólidos na natureza. "Entre as metas está a gestão integrada de resíduos sólidos entre determinada empresa contratada da prefeitura e cooperativas de reciclagem, políticas de educação ambiental para evitar a geração de mais resíduos e a erradicação dos chamados lixões", explicou Gilmar, que chamou atenção dos edis para o sério problema enfrentando pelo município, pois a área onde os resíduos são depositados, segundo o secretário, está ficando pequena para continuar recebendo os resíduos, haja vista que, diariamente, o município gera cerca de 20 toneladas, daí também a importância da implantação da coleta seletiva e da realização de ações de consciência ambiental.

Para melhor gerir a destinação final do lixo, o secretário apresenta duas opções: aquisição de uma área para criação de um novo aterro sanitário ou o transporte do lixo, armazenando-o em áreas cedidas por outros municípios que possuam as licenças ambientais.

Sobre a taxa, a secretaria de Meio Ambiente solicitou à de Administração levantamento para definição do valor, desde varrição, coleta, transporte e destino final. "Apenas para uma noção, se fosse para transportar os resíduos para um aterro com licença, seria cobrado do executivo R$ 260/tonelada mais outras despesas que precisamos contabilizar, então, seria, mais ou menos, R$ 300 mil/mês e todos sabem que o município não tem esse montante, por isso é necessária a contribuição da população", ressaltou o secretário.


"Em alguns bairros, a coleta é feita uma vez por semana, em outros duas e no Centro todos os dias. Com base nisso, existe a possibilidade de a taxa ser diferenciada para cada localidade?", quis saber o presidente da Casa, Denilson Castro (Cidadania), ao que o secretário respondeu que sim, que estudos nesse sentido estão sendo realizados.


A preocupação com o meio ambiente no futuro foi demonstrada pelo vereador Watevilo Junior (Juninho da Metasa – União Brasil): "Sobre a segunda possibilidade, que é o transporte, temos que pensar como será nosso município futuramente em relação às questões ambientais, sobretudo quanto à coleta de lixo. Vamos transportá-lo a vida toda? Não seria interessante que isso se tornasse uma rotina eterna, pois pode chegar o dia em que o lugar escolhido fora do nosso município, por um motivo ou outro, não receba nossos resíduos mais e aí enfrentaremos outro problema".


Dr. Sandro afirmou que: "Claro que essa matéria impacta muito a vida do cidadão e ela veio totalmente desmuniciada de estudos, de informações relevantes, não veio qualquer levantamento da necessidade de arrecadação, tanto pra esse projeto de levar o lixo pra fora quanto sobre a estruturação do programa de lixo no município. Minha pergunta é: Qual o valor das despesas da coleta de lixo hoje em nosso município?". "Acredito que hoje o município gasta mais de R$ 300 mil e a destinação final não é a que a lei federal estabelece", respondeu Gilmar.


A possibilidade de se adquirir um caminhão de coleta de lixo foi levantada pelo vereador Luís José de Almeida (Neguim – DC) ao invés de se pagar o aluguel, no entanto, o secretário observou que o município não possui certidão negativa para obter uma linha de crédito.

Gilmar Resende encerrou suas palavras afirmando que continua à disposição da Câmara e da população para demais esclarecimentos, disse que sua pasta é atuante e que está disposto a, junto com a sociedade, resolver o problema da coleta de lixo na cidade, uma vez que a questão ambiental é tema relevante que vem sendo discutido não apenas em Pires do Rio, mas mundialmente.


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