O cooperativismo goiano deu um passo importante nesta segunda-feira (13/3) para estabelecer parcerias com o Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação, num trabalho conjunto que deve ter como foco, entre outros temas, a melhoria da qualidade do acesso à internet no campo, projetos de inovação voltados para a agricultura familiar e participação do cooperativismo de crédito no debate nacional pela redução dos juros. A iniciativa foi selada com a nova coordenadora-executiva do Conselho Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CCT), Denise Carvalho. Ela esteve na tarde de hoje na sede do Sistema OCB/GO, em Goiânia.
"Precisamos, junto com o cooperativismo, encontrar soluções para gerar emprego e renda. Buscarmos, também, construir uma economia socioambiental mais favorável e com sustentabilidade climática", disse Denise Carvalho. A coordenadora do CCT defendeu a organização da sociedade por meio de cooperativas, para a economia brasileira se desenvolver de forma mais democrática e tecnológica. Enfatizou que o cooperativismo está muito atento ao desenvolvimento sustentável, à inclusão digital, desigualdade social, geração de emprego e renda e ao enfrentamento à fome.
Denise Carvalho acredita que o cooperativismo de crédito, que oferece taxas de juros mais acessíveis aos seus cooperados, é um bom exemplo neste momento em que a taxa básica de juros tornou-se um dos principais temas do debate nacional. "É impossível pensarmos na reindustrialização do País se temos a maior taxa de juros do planeta. As empresas querem produzir, defendem a queda dos juros e para isso é necessário união (do setor produtivo)", enfatizou.
Presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira destacou que existem cooperativas em diferentes níveis de maturidade, a exemplo das que atuam no ramo do agronegócio e que já trabalham com agricultura de precisão, e outras que carecem de tecnologias mais avançadas. "As cooperativas da agricultura familiar e de reciclagem precisam de acesso à internet de boa qualidade. Inclusive, para que possam aproveitar os cursos de formação profissional oferecidos pelo SESCOOP/GO", frisou.
Luís Alberto Pereira concordou que as cooperativas de crédito são exemplo de que é possível trabalhar com juros menores. Mas ressaltou que, aliado a isso, deve haver uma melhor qualificação do gasto público. "É um trabalho de todos, do governo e da iniciativa privada. E a reforma tributária pode ser um bom caminho para simplificar o sistema fiscal e reduzir os custos para o setor empresarial", afirmou.
Com Informações da Versa Comunicação Estratégica e ASCOM - Sistema OCB/GO