A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (14/3), requerimento de autoria do seu presidente, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), convidando o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, para prestar esclarecimentos sobre a atual taxa básica de juros no País. A reunião para tratar do assunto foi agendada para o dia 4 de abril, já em acordo com a assessoria do presidente do Bacen, que estava presente na sessão.
Para Vanderlan, a reunião com o presidente do Banco Central ajudará a esclarecer melhor a política monetária da Instituição com relação aos juros, podendo acalmar os ânimos mais exaltados de alas do PT. "Campos Neto sempre se colocou à disposição todas as vezes que foi convidado pelo Senado ou Câmara Federal para prestar esclarecimentos, tirar dúvidas ou debater temas relevantes de sua pasta. Dessa vez, nós queremos ouvi-lo para que apresente os dados que motivaram o Banco Central a manter a taxa Selic em 13,75% e entender melhor a política monetária que rege essa taxa básica de juros do nosso país", explicou.
O presidente da CAE reforçou que a Comissão sempre estará aberta para o diálogo e debate com a autoridade monetária. "A CAE será um espaço aberto para ele explicar as decisões que está tomando em relação à economia, e a direção que vai seguir em relação a taxa de juros. Assim, como estará aberta para discutir todos os demais assuntos que dizem respeito à economia brasileira", disse.
A taxa Selic entrou no foco dos debates políticos no País depois que o presidente Lula mirou o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em seus discursos. Lula atacou a política monetária do BC, se posicionando contra a manutenção da taxa Selic pela instituição e questionando a independência da autoridade monetária. A análise é que Lula esteja tentando enfraquecer Campos Neto para tentar quebrar a independência do Banco Central, instituída na gestão do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, para que ele próprio indique um novo presidente.
De acordo com o senador Vanderlan esse assunto não deve voltar à pauta de discussão do Congresso Nacional. Ele lembra que um Banco Central independente foi uma vitória dos brasileiros e que deputados e senadores não devem rever essa medida. "Nós votamos e aprovamos essa independência e não pensamos em rever essa decisão. Esse é o modelo que funciona, e assim deveremos manter", disse.
CAE elege seu vice-presidente
O senador Angelo Coronel (PSD/BA) foi eleito vice-presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senador Federal e vai trabalhar ao lado de Vanderlan Cardoso, eleito presidente na semana passada, para deliberar sobre as pautas econômicas que entrarão em discussão no Senado. Angelo Coronel comemorou a eleição, pontuando que a Comissão terá uma atuação muito ativa, visto que o senador Vanderlan já vinha conduzindo muito bem os trabalhos como vice-presidente, na legislatura passada.
De acordo com o senador baiano, a CAE vai ser fundamental para fazer o brasil avançar na geração de emprego e renda. "A expectativa é que todos os membros da Comissão juntamente com o nosso presidente senador Vanderlan possamos desenvolver um trabalho fazendo com que as pautas daqueles que são geradores de emprego sejam atendidas com a máxima celeridade. Então, assuntos econômicos serão de grande valia pra gente dar uma levantada nesse início de ano", disse o vice-presidente, Angelo Coronel.