Durante o ato de transferência da capital para Santa Cruz de Goiás, o presidente da Câmara Municipal de Vereadores João Pereira Campos (UB), aproveitou momento de despachos com o governador Ronaldo Caiado (UB), para entregar ofício de pedido de reforma da Casa de Câmara e Cadeia, hoje Biblioteca Museu da cidade.
De acordo com João Campos o prédio é o único monumento da arquitetura colonial portuguesa ainda existente em toda a região sudeste do Estado.
Na oportunidade o governador Ronaldo Caiado repassou determinação para que a Secretaria de Estado de Infraestrutura, Cultura e a Goiás Turismo dê providências a demanda. O secretário de infraestrutura Pedro Sales acompanhou a exposição da reivindicação.
A casa de Câmara e Cadeia de Santa Cruz de Goiás foi construída em 1880 por João Marinho Lousada, às expensas do Governo Provincial de Goiás. Durante muitos anos, sediou a Intendência Municipal, serviu de Gabinete e Sala de Audiências do Juiz da Comarca, de Delegacia de Polícia, de sede da Câmara de Vereadores, até 1971. Apesar do tempo decorrido desde o seu abandono, o imóvel conservou sua estrutura intacta, ameaçada, porém, pelo arruinamento gradativo, decorrente do descaso em que se encontrava. O edifício faz parte do patrimônio da Fundação Cultural do Estado.
Santa Cruz de Goiás é um dos mais antigos núcleos urbanos do Estado. Sua fundação, atribuída a Manoel Dias da Silva, deu-se em 1729. Localizado na região centro-sul de Goiás, o arraial foi erguido à margem da antiga estrada que cinha de São Paulo, e tornou-se uma das mais importantes povoações do período colonial.
A decadência de Santa Cruz, acentuada com a construção de novas estradas que a deixaram à margem, assegurou-lhe certo isolamento, resultando na preservação de costumes e tradições, como a cavalhada, a contra-dança e a congada.