A indústria e o agronegócio colocam Goiás em posição de destaque no comércio internacional. De janeiro a julho deste ano, o estado apresentou superávit de R$ 4.5 bilhões no balanço de importações e exportações. Os dados foram destacados pelo vice-governador Daniel Vilela, que defendeu o papel do Poder Público para propiciar o crescimento dos negócios, durante o painel do Fórum dos Governadores do Brasil Central dentro da primeira Feira Internacional de Comércio Exterior do Brasil Central (Ficomex). O evento foi realizado nesta quarta-feira (28/08), no Centro de Convenções de Goiânia, e reuniu autoridades políticas, empresários e embaixadores internacionais.
"Goiás tem as portas abertas para novas empresas. É preciso ressaltar que o setor privado caminha sozinho, cabe, então, ao Poder Público não atrapalhar e dar condições de crescimento", frisou Daniel. "O setor empresarial cresce quando Governo possibilita cenário adequado, e é isso que o governador Ronaldo Caiado tem feito por Goiás: investimentos em segurança, infraestrutura, em retirar pessoas da extrema pobreza e em criar líderes qualificados para o futuro, lembrando que a educação goiana foi primeiro lugar no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica)", concluiu o vice-governador.
Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski participou do painel e reafirmou a importância dos estados que participam do consórcio Brasil Central para a economia brasileira. Em discurso, ele afirmou "testemunhar o extraordinário desenvolvimento dessa região do Brasil que deu certo, que cria riquezas, paga impostos e cria empregos. Essa região levará o Brasil a ser novamente um dos maiores países do mundo. Já fomos a oitava economia mundial e seremos novamente, a depender e desta região".
Nesse sentido, ele afirmou a importância dos governos estaduais. "Governadores e os estados brasileiros são verdadeiros propulsores do desenvolvimento nacional. São entes federados autônomos que podem impulsionar o progresso e gerenciar suas peculiaridades e somar esforços para progredir em conjunto". Nesse sentido, ele endossou a relevância da segurança pública, sendo "um insumo de maior importância" para a economia, a fim de criar um ambiente "mais seguro e confiável para investimentos internos e internacionais".
A Ficomex também contou com a presença do ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Luiz Fernando Furlan. À frente da pasta nacional entre 2003 e 2007, ele falou sobre o papel do comércio exterior para a economia brasileira. "Quando assumi o Ministério, vi que a maneira mais rápida de retomar economia era expandir exportações. Em 2002, a balança comercial brasileira era de U$ 60 bilhões. Tínhamos uma meta de saltar para U$ 100 em quatro anos, mas conseguimos atingir o valor em apenas seis meses". Ele explicou como o Brasil conseguiu esse aumento: "oferecemos os produtos tradicionais da agenda de exportação para novos países e novos mercados, com missões brasileiras internacionais. Deu certo. Também oferecemos novos produtos para os clientes tradicionais e deu certo também. Quando o governo não atrapalha, as coisas andam", concluiu.
Protocolo de Intenções
Durante o evento, Caiado e o presidente da Prumo Logística assinaram protocolo de intenções para viabilizar a parceria com o Porto do Açu, a fim de ampliar o escoamento das produções dos estados do Brasil Central, bem como facilitar a importação de insumos para o setor produtivo.
Em março, Daniel Vilela e comitiva composta também por empresários e diretores da Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial) visitaram o centro de logística, localizado no Norte fluminense.