Na última semana, o superintendente da SAE de Catalão, Rodrigo Ramos Margon Vaz, participou do programa Entrevista Especial, conduzido pelo jornalista Návio Leão. Rodrigo Margon, que é advogado com especialização em administração de empresas, também comentou sobre os desafios enfrentados pela superintendência em Catalão.
Para Rodrigo Margon, a maior parte da população demonstra ter consciência quanto ao uso da água, mas que é preciso ter ainda mais atenção quanto ao uso, dada o contexto global de escassez de água.
"Estamos falando de uma cidade com 110 mil habitantes, obviamente a maior parte das pessoas são conscientes quanto a utilização da água, e sabemos que não é tão abundante como já foi no passado. (...) A SAE fez no ano passado, 2019, 1392 novas ligações, são novas famílias ou comércios, ou empresas, que antes não existiam, ou seja, todos novos pontos de consumo sendo feito com planejamento", disse.
Ao falar de atendimento ao público, o superintendente garante que a SAE trabalha com base em dados reais e com acompanhamento regular dos atendimentos prestados à população. "A SAE trabalha com análise numérica o tempo inteiro. Temos indicadores que são levantados mês a mês, por exemplo, para medir a quantidade de atendimentos presenciais que recebemos na superintendência, qual bairro recebeu mais chamados, entre outros", declarou.
Com os desafios enfrentados pela superintendência durante as chuvas, Rodrigo explicou que elas são boas, mas que em excesso, podem prejudicar o sistema de captação do Ribeirão Pari, que abastece Catalão. "A chuva em excesso nos meses de janeiro e fevereiro, que não chovia assim a mais de 30 anos, ela fragiliza nosso sistema, a quantidade de água traz detritos, derruba árvores e a força, por exemplo, pode romper tubulações, tanto de água quanto de esgoto. Por duas vezes no início de fevereiro, detritos trazidos pelas chuvas acabaram rompendo nossas adutoras de água. Nossas adutoras têm 15 quilômetros de cumprimento, tubulações de ferro para você ter ideia como é a força dessa água", explica o superintendente da SAE.
20 Km de rede de esgoto e a conclusão da nova ETE
De acordo com Rodrigo, a SAE já trabalha na construção de redes de esgoto utilizando recursos próprios. "Vamos entregar esse ano 20 quilômetros rede de esgoto da Vila Mutirão e Vila União, em fase de execução, fora outros tipo de obras que fazemos em nosso dia a dia", salientou.
Com investimento de R$ 27 milhões de reais vindo do PAC, do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal, após fazermos muita gestão e trabalho de equipe a obra da Nova ETE – Estação de Tratamento de Esgoto caminha para ser finalizada nos próximos 60 dias, diz Rodrigo Margon. A ETE está sendo executada com recursos federais, com a contrapartida de 10% do valor pagos pela SAE, ou seja, R$ 2.7 milhões. A proposta é tratar o esgoto da cidade com reatores. Com isso os benefícios serão inúmeros. Entre eles terá fim o mal cheiro causado pelo esgoto. Além disso, até os bairros mais afastados da região central, como aqueles que ficam do outro lado da BR-050 serão beneficiados com a ETE.
"Como diz o nosso prefeito Adib Elias Junior - a Estação de Tratamento de Esgoto de Catalão por meio de reatores será a única em todo o estado de Goiás e uma das poucas do país. A obra representa muito mais que investimento em saneamento básico, é questão de saúde pública e qualidade de vida para a população". relata o superintendente da SAE.
Ainda segundo o superintende Rodrigo, o desejo é que Catalão seja a 3ª cidade do Brasil com 100% de esgoto. "Queremos entregar Catalão com a terceira cidade do Brasil com 100% de rede, temos 75% da rede. Vamos ter uma qualidade que poucas cidades do país têm e vamos conseguir trazer esgoto de um lado da cidade para o outro", avalia.
Declaração de pandemia pela OMS
Depois que Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou situação de pandemia global devido a transmissão do coronavírus (covid-19), a SAE adotou medidas para evitar a circulação e contato entre funcionários e até mesmo com a população, como ocorreu com a suspensão dos serviços não essenciais pelos próximos 15 dias.
"Desde a semana passada temos tomado atitudes básicas, evitando reuniões, fazendo higienização o tempo inteiro, com álcool gel, essa semana temos aumentado essas medidas preventivas, como enviar para casa quem pode trabalhar de casa", explicou.
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