Para garantir a proteção das mulheres vítimas de violĂȘncia doméstica, a Prefeitura de Goiânia possui a Casa Abrigo Sempre Viva – unidade gerida pela Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM), que mesmo durante a pandemia permaneceu com os serviços sendo ofertados.
De acordo com a publicação "GĂȘnero e Covid-19 na América Latina e no Caribe: dimensões de gĂȘnero na resposta", elaborada pela ONU Mulheres em março de 2020, a pandemia aumentou os riscos de violĂȘncia contra mulheres e meninas, especialmente a violĂȘncia doméstica. Essa elevação nos casos estaria relacionada ao aumento das tensões em casa e ao confinamento.
A Casa Abrigo Sempre Viva tem o objetivo de amparar, proteger e fortalecer essas mulheres, oferecendo assistĂȘncia psicológica, social e jurídica a elas e seus filhos. O trabalho é desenvolvido de forma que as abrigadas conheçam os seus direitos, ampliem a consciĂȘncia sobre relacionamentos afetivos saudĂĄveis e retomem suas vidas seguras e, se possível, jĂĄ inseridas no mercado de trabalho.
As crianças possuem prioridade de vagas nos Centros Municipais de Ensino Infantil (Cmeis), assim como os adolescentes no ensino fundamental e médio, onde são acompanhadas nestas instituições pelo período de permanĂȘncia na casa abrigo.
No ano de 2020 foram abrigadas 24 mulheres e 16 dependentes. Elas foram encaminhadas depois de passarem por escutas e triagem pelas Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deam).
A Casa funciona 24 horas, em local sigiloso em Goiânia. Quando entram na Casa Abrigo, ela precisam seguir regras de convivĂȘncia, acordadas antes da entrada da família, a fim de proteger todos que lĂĄ vivem e funciona como residĂȘncia temporĂĄria por até trĂȘs meses para mulheres vítimas de violĂȘncia doméstica ou nas relações íntimas de afeto com o risco de morte, bem como de seus dependentes.
O espaço tem capacidade para abrigar 50 pessoas, entre mulheres e crianças – sendo dependentes do sexo masculino, até doze anos de idade incompletos, nos termos do art. 2Âș da Lei nÂș 8.069/1990 e dependentes do sexo feminino, até 18 anos.
A equipe interdisciplinar ainda faz o acompanhamento de mulheres que jĂĄ adquiriram autonomia emocional e financeira e jĂĄ foram desligadas da casa abrigo. O acompanhamento após abrigamento tem duração de trĂȘs meses.
Para a SecretĂĄria da Mulher, Tatiana Lemos, a casa abrigo oferece às mulheres condições para retomar o curso de suas vidas com segurança emocional e econômica. "Além da proteção, fazemos ações para resgatar a autoestima, autonomia e perspectiva de mudança de vida".
Canais de atendimento para mulheres vítimas de violĂȘncia
A Lei Maria da Penha estipula quatro tipos de violĂȘncia doméstica, são elas: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Para as mulheres que sofrem um ou mais desses tipos de violĂȘncia doméstica e/ou familiar existem canais de atendimento como:
 Disque 180 - Serviço gratuito e confidencial (preserva o anonimato), oferecido pela Secretaria Nacional de Políticas, que funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados, e pode ser acionada de qualquer lugar do Brasil.
 153 – Mulher Mais Segura (Guarda Civil Metropolitana)
 190 – Patrulha Maria da Penha (Polícia Militar)
 Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher – 1ÂȘ DEAM -Endereço:Rua 24, nÂș 203, Centro -Fones: 3201-2801 / 2802 / 2807 / 2818 /2820
 Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher – 2ÂȘ DEAM (Região Noroeste) Endereço: Av. do Povo com Rua E, Qd. 10, Lt. 101, Jardim Curitiba
Fones: 3201-6344 / 3201-6332 /3201- 6331
Fonte: Com informações da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Goiânia