"Os Desafios da Educação em Tempos de Pandemia". Um tema que tem rendido muito debate e, em breve, com certeza, também será tema de livros, teses, dissertações e muitas outras obras. Não poderia ser diferente. Um estudo do Banco Mundial, divulgado no início de 2021, que analisou o impacto da covid-19 na educação dos países da América Latina e Caribe já mostrou alguns impactos negativos no processo ensino-aprendizagem. O levantamento apontou que 70% das crianças brasileiras podem não aprender a ler adequadamente. Outro dado destacado é em relação ao chamado índice da "pobreza de aprendizagem", analisado com base em estatísticas educacionais. Ele indica o percentual de crianças com 10 anos incapazes de ler e entender um texto simples. Segundo o relatório do banco, a pandemia faria com esse índice salte de 50% para 70% dos alunos no Brasil.
O documento alerta, ainda, que a pandemia pode fazer com que os sistemas educacionais da América Latina regridam ao que eram nos anos 1960, com consequências duradouras para toda uma geração. E que essas perdas correspondem a 1,3 ano de escolaridade, ou seja, o estudante teria o conhecimento de mais de uma série anterior à que é correspondente à sua idade. Com um tempo maior de escolas fechadas, a defasagem pode subir para 1,7 ano de escolaridade.
Todas essas questões e muitas outras mais estão sendo vivenciadas desde o início da pandemia por alunos, pais e educadores. E toda a rede que envolve a educação tem buscado meios de, pelo menos, mitigar essas dificuldades. E são exatamente esses desafios, esforços, buscas, erros e acertos, enfim, todos os meandros que têm envolvido quem lida com a educação, desde que o novo coronavírus chegou ao Brasil, que o 2º Concurso Fotográfico Yocihar Maeda está propondo mostrar a toda sociedade, através da arte da fotografia.
O certame será dividido nas categorias amador e profissional e vai premiar os três primeiros colocados em cada categoria, que vão receber um valor em dinheiro, assim distribuído: para a categoria Profissional: 1º lugar – R$ 2.500,00 (dois mil quinhentos reais), 2º lugar – R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais) e 3º lugar – R$ 1.000,00 (um mil reais). Já para os amadores, a premiação será a seguinte: 1º lugar – R$ 2.000,00 (dois mil reais), 2º lugar – R$ 1.200,00 (um mil e duzentos reais), 3º lugar – R$ 800,00 (oitocentos reais). Cada colocado receberá também um troféu.
As fotografias premiadas também farão parte de uma exposição, que acontecerá no Palácio Alfredo Nasser, de 10 novembro a 10 de dezembro de 2021. Os trabalhos premiados também serão divulgados nas redes sociais da Casa de Leis (@assembleiago) e estarão na edição especial da Revista Alego.
A banca avaliadora dos trabalhos apresentados será formada por Alberto Maia, Cristiano Borges, Denise Xavier Lemes e Jackson Rodrigues, que vão analisar as fotografias, a partir dos critérios de criatividade, pertinência ao tema e riqueza de elementos e técnicas utilizadas.
Se você gosta de fotografia e, mesmo que não seja profissional, conhece alguma história ou enxergue alguma situação em que a pandemia de covid-19 imponha desafios à educação, faça sua foto e se inscreva no concurso. Os trabalhos podem ser enviados até o dia 19 de outubro pelo site al.go.leg.br/concursofotografico. O resultado final deve ser divulgado no dia 10 de novembro.
Na primeira edição do concurso houve 296 inscritos, dos quais 77,4% participaram pela categoria amadora e 22,6% pela profissional. Na ocasião, os candidatos compartilharam seus talentos e olhares artísticos inspirados nas mudanças de perspectivas trazidas pelo distanciamento social com o tema: "Um Olhar Pela Janela".
Informações e esclarecimento de dúvidas sobre o concurso podem ser tiradas pelo telefone 3221-3037 ou pelo e-mail
[email protected]
Yocihar Maeda
O Concurso Fotográfico Yocihar Maeda foi assim nomeado em homenagem ao fotógrafo, servidor da Casa, falecido em janeiro de 2020, aos 66 anos, e que por mais de 30 anos foi um dos profissionais de fotografia mais requisitados pelos deputados estaduais, diretores e colegas da Casa.
Maedinha, como era chamado pelos amigos, sempre atendeu a todos com presteza e dedicação e era uma referência aos colegas de profissão, além de um profissional respeitado por todos os parlamentares e profissionais da área.
Yocihar Maeda nasceu em 3 de agosto de 1952, em Sidrolândia, no Mato Grosso do Sul. Filho de Guimei Maeda e Tsune Maeda, morou em Campo Grande (MS), Imperatriz (MA) e em Uberlândia (MG), antes de fixar residência em Goiânia. Foi casado com Núbia Maeda de Sousa. Teve duas filhas Vanessa e Fernanda, e dois netos, Davi e Bento. Maedinha, um funcionário extremamente organizado e metódico, era amante da leitura, gostava de desenhar, apesar de não ter feito curso na área, atuante na igreja que frequentava, adorava passeios com a família, além de dedicar parte do seu tempo aos netos. Muito prestativo, estava sempre pronto para ajudar a quem a ele recorria.
Antes de ser contratado pela Assembleia Legislativa, trabalhou no Fujioka e na Companhia Industrial Farmacêutica. Atuou como fotógrafo na Assembleia Legislativa por 31 anos e meio, tendo sido contratado em 1º de junho de 1988, no cargo gratificado de fotógrafo parlamentar, sendo lotado na então seção de Imprensa. A partir de 1º de fevereiro de 2003, passou a integrar o cargo de assistente legislativo, com lotação na seção de Jornalismo, hoje Agência Assembleia de Notícias, onde permaneceu até 25 de janeiro de 2020, quando veio a falecer.