O governador Ronaldo Caiado destacou o crescimento da indústria goiana, apontado em levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), durante a tradicional live transmitida pelos veículos da Agência Brasil Central (ABC) e parceiros, nesta terça-feira (09/06). Convidado da live, o secretário em exercício da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços de Goiás, Adonídio Vieira Neto, destacou que, de acordo com o levantamento, realizado em abril e recém-divulgado, a indústria goiana teve crescimento de 2,3% em abril, e apenas os estados de Goiás e do Pará apresentaram resultados positivos no cenário adverso provocado pela pandemia.
Segundo o governador, os números são claros e demonstram que Goiás está no caminho certo desde o ano passado, no trabalho de buscar indústrias para se instalarem no Estado. "Em apenas um ano, 135 indústrias já assinaram protocolo de intenções para se instalarem aqui. Ou seja, é algo inédito: em um ano trouxemos para Goiás mais do que o assinado em quatro, algo muito importante para que, nesse momento, a gente possa expandir a economia do Estado", afirmou Caiado.
Adonídio Neto explicou que os números positivos são resultado da diversidade da industrialização promovida pelo Governo de Goiás. Além disso, o secretário lembrou outro ponto fundamental que também foi ressaltado pelo governador: a regionalização do crescimento industrial do Estado. "Quem é que não quer se instalar em Anápolis, em Aparecida? Então, estamos incentivando que essas indústrias se instalem em cidades do interior, que precisam crescer", destacou. As empresas que estão se instalando em Goiás vão gerar cerca de 59 mil empregos diretos e indiretos e injetar mais de R$ 5 bilhões na economia goiana.
O secretário frisou que a gestão estadual criou um setor de atração de investimentos no Estado, onde as secretarias trabalham de forma integrada, para mapear as potencialidades de Goiás e identificar gargalos. Adonídio destacou ainda que "temos potencial para abastecer o mundo" e citou os setores de produção de carnes, ferroligas, açúcar e álcool, ouro, sulfato de cobre e milho, entre outros em expansão no Estado.
No levantamento realizado pelo IBGE, dos 15 estados pesquisados, apenas Goiás e Pará apresentaram crescimento em abril. As quedas mais acentuadas foram no Amazonas (-46,5%), Ceará (-33,9%), Região Nordeste (-29,0%), Paraná (-28,7%), Bahia (-24,7%), São Paulo (-23,2%) e Rio Grande do Sul (-21,0%). Todos esses locais atingiram seu resultado negativo mais intenso desde o início da série histórica, em 2002, assim como o Rio de Janeiro (-13,9%).
Espírito Santo (-16,7%), Minas Gerais (-15,9%), Santa Catarina (-14,1%), Pernambuco (-11,7%) e Mato Grosso (-4,3%) completaram o conjunto de locais com índices negativos em abril de 2020. O resultado reflete o isolamento social por conta da pandemia da COVID-19, que afetou a produção industrial por todo o País. No País, o recuo da atividade industrial foi de 18,8% de março para abril de 2020 devido aos efeitos do isolamento social ocasionado pela pandemia da COVID-19.
O índice de média móvel trimestral da indústria caiu 8,8% no trimestre encerrado em abril de 2020 frente a março, intensificando o recuo de 2,4% do mês anterior e mantendo a trajetória predominantemente descendente iniciada em outubro de 2019. A redução desse mês foi a mais intensa desde o início da série histórica. Todos os 15 locais pesquisados apontaram taxas negativas nesse indicador. Os recuos mais acentuados foram de Amazonas (-18,6%), Ceará (-17,1%), Rio Grande do Sul (-12,2%), Região Nordeste (-11,7%), Paraná (-10,2%), Santa Catarina (-10,2%), Bahia (-9,8%) e São Paulo (-9,5%).