Na 12ª Sessão Ordinária, realizada pela Câmara Municipal de Catalão, na última terça-feira (11/4), um assunto que tem sido pauta em todo o país, diante de graves e sérios acontecimentos: "violência nas escolas", foi também o assunto mais debatido na reunião de trabalho dos edis catalanos.
O primeiro a levantar a questão foi o vereador Rodrigo Alves Carvelo - Rodrigão (PRTB), que solicitou a presença do secretário municipal a comparecer no plenário para a discussão sobre o assunto: "Um assunto que temos que tratar é a violência nas escolas. E temos que convocar, trazer aqui o secretário de educação, sobre esses ataques que estão tendo nas escolas. Catalão graças a Deus não aconteceu, mas aconteceu o primeiro em Goiás. Isso abre um precedente nessas redes que esses jovens ficam para planejar atos desse tipo. Precisamos do Leonardo Santa Cecília para abrir uma discussão sobre o que será feito e também os representantes das escolas particulares para também participar. Nós vamos sair na frente por tratar esse assunto, porque falar e pôr a culpa só nas escolas. Não é correto. A culpa é sim, em partes, por falta de estrutura e segurança nas escolas, mas é também, dos pais, minha, sua e todos nós, que ensinamento vem do berço".
O presidente da Casa Dr. Jair Humberto da Silva, avalizou e enalteceu o assunto levantado pelo colega de legislatura, apontado sua visão: "Extremamente pertinente sua colocação! E assim como esses temas, acredito que tenhamos que trabalhar outros temas, como a violência contra a mulher. Realmente, as coisas estão fugindo do controle. Essa casa ela tem que começar a participar desses temas, apresentar soluções, trabalhar alternativa para contribuir. Nossa cidade é bem servida em segurança pública, mas temos condições de contribuir para esses pontos através do nosso trabalho. Nós temos condições de contribuir antes que o problema ocorra".
Dentro de sua fala, o Líder do Legislativo Catalano, ainda usou um exemplo em relação a participação dos pais junto a vida escolar dos filhos: "Nós precisamos nessa discussão, elaborar uma alternativa, a partir de um entendimento que a família precisa estar presente nas discussões. Foi citar um fato triste e muito lamentável. Uma coisa comum em todas as escolas é, o professor fazer a anotação na agenda, fatos como o aluno não ter feito uma tarefa na escola. E aqui na nossa cidade, o professor ao fazer a anotação desse ponto, os pais, responderam o recado do professor com uma ameaça, dizendo que o professor estava cobrando muito do filho. Cuide, estejam próximos aos seus filhos, observem tenham atenção, o mundo moderno está doente. E, com essa união, podemos ter grandes resultados, se forem tomadas medidas antes. Em Santa Tereza, alguns pais perceberam o problema, mas não foram tomadas medidas, mas nós podemos fazer diferente. Porque, se todos participarem, com certeza, vamos erram menos, tendo mais ouvidos e menos falas e assim acharmos alternativas para esse problema!".
O exemplo do prefeito João Rodrigues, da cidade de Chapecó, no estado de Santa Catarina, foi utilizado na fala de alguns vereadores. O prefeito, já há algum tempo aplicou um sistema de segurança em todas as escolas do município, onde além de portas giratórias com detectores de metais, ainda tem um profissional qualificado de segurança para atuar junto a mesma.
O vereador Claudio Lima destacou o estarrecimento da população com mais um fato chocante nas escolas e usou o exemplo do prefeito para sugerir que medidas assim, possam ser seguidas por Catalão: "Quero parabenizar o vereador Rodrigão, pela iniciativa. O Brasil ficou estarrecido, chocado com o que aconteceu com aquela instituição de ensino. E recebi um vídeo que um prefeito de também de Santa Catarina, se adiantou e instalou portas, como as existentes em bancos, com o guarda ao lado, onde não entram, alunos, professores, pais, enfim ninguém adentra ali, sem a vistoria do detector de metais, ou seja, ninguém adentra, portanto, armas de fogo, branca ou qualquer coisa do tipo. Talvez seja já uma ideia para já ser adotada pela prefeitura de Catalão. Porque hoje na emissora em que trabalho, muitas mães me ligando com medo dizendo que estariam sedo publicadas que isso poderia vir acontecer em Catalão. Então, como ficam em dúvida se é fato ou fake, gera-se uma aflição muito grande nos pais, alunos, funcionários e na população toda!".
Durante a sessão o vereador Idelvan da Saúde, relatou ter se ausentado para atender uma mãe, com a preocupação sobre possível atentado que poderia acontecer em uma escola do município: "Me ausentei da sessão porque uma mãe de alunos da Escola Municipal Frei João Francisco me falando da preocupação dos pais em relação aos apontamentos nas redes sociais. Inclusive, o desespero é tanto que, ela relatou que estão conversando entre os pais, para ver se conseguiriam pagar um segurança para ficar na porta da escola. Então vejo como pertinente trazer essa discussão para a Câmara!".
"Não é só colégio público, como muitos costumam taxar! Sou de uma geração mais jovens e sei o quanto bullying tem causado danos na comunidade escolar. Esses ataques devastam o mundo, e, o que era distante, agora está cada dia mais próximo de nós. E o que nós, quanto Brasil, podemos fazer!? Recebi uma mensagem de uma mãe em pânico com situação, pois precisa levar seu filho para a creche. Imaginei que depois da pandemia, fôssemos ser mais empáticos, mas percebo que não! Precisamos sim, participar destas questões, somos o conselho da população, aqui temos que tratar todos os assuntos que forem importantes para a nossa gente. Digo sempre com uma certa tristeza que: "os aparelhos celulares aproximaram quem está longe e afastou quem estar perto!". Infelizmente, como não há uma preparação emocional, tem muitos adolescentes e jovens que estão sendo animalescos. Precisamos de forma dura, unir forças para barrar esses acontecimentos assim, não venhamos experimentar viver esse reflexo da doença da alma!".
O vereador Luiz Socorro Moreira - Pamonheiro, em relação ao assunto disse: "Temos que pedir a Deus para que esse mal não chegue na nossa cidade. Temos policiais preparados e que precisam estar interligados com os colégios para que essas coisas não aconteçam. E Vamos pedir sabedoria também para os funcionários das escolas e também para os pais!".
Como professor, o vereador Vandeval Florisbelo de Aquino fez um alerta e atentou sobre pontos que já fizeram a diferença na vida escolar de muitos alunos: "Essa empreitada em relação as violências nas escolas, estive presente com apresentação de projetos, onde apresentávamos temas transversais, com palestra sobre determinados assuntos, educação moral e cívica, OSPB, entre outros. Levávamos nossos alunos para o pátio e os palestrantes falavam sobre religiões. Deixo um alerta para o ensino fundamental I II e ensino médio, vamos voltar a abordar esses temas transversais! Vamos ajudar o que cabe a nós, os nossos alunos!".
O vereador Cleuber Vaz, chamou os companheiros de legislatura e também as autoridades para ter mais ações em relação aos acontecidos: "Os vereadores que me antecederam, foram muito felizes nas suas falas. Mas noto que, falamos, falamos e fica por isso mesmo. E não podemos ficar só na fala. Passei 30 anos na Polícia Militar, sou militar e existia o SPO - Serviço Preventivo Ostensivo e a Patrulha escola, ficou tudo para trás, hoje já não existe mais. Esse meliante que adentrou a escola, o muro baixo e ele pulou o muro e adentrou a escola. Gestores dos municípios, das instituições, não se prepararam, mesmo com toadas as tragédias. Temos que parabenizar o prefeito de Chapecó que se adiantou e olhou pela segurança das escolas. E foi além, o policial de qualquer Estado que quiser trabalhar na segurança das escolas pode entrar no processo seletivo. Esse prefeito, repito, deve ser parabenizado. Acredito que o nosso governador poderia fazer o mesmo, temos tantos policiais na reserva, querendo trabalhar. Cada um fez a sua explanação, mas poderíamos junto ao prefeito, levantando os pontos vulneráveis de todas as escolas e tomando atitude para sanar isso. Porque falas são bonitas, mas o que traz resultados, são as ações!".