Dignidade social e alimentar são os principais ingredientes da comida nutritiva do Restaurante do Bem. Com a iniciativa, o Governo de Goiás e a Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) garantem, diariamente, uma refeição saudável e barata para milhares de pessoas em situação de vulnerabilidade social, no Estado.
Juntas, as 13 unidades do programa serviram 1.685.815 refeições nos primeiros setes meses de 2020. Com a pandemia do coronavírus, o programa passou por adequações. Desde março, o Restaurante do Bem oferece marmitas acompanhadas de uma fruta e talheres descartáveis. O preço da refeição não sofreu custos adicionais, continua no valor simbólico de R$ 2.
Orientações sanitárias do Governo Estadual e da Organização Mundial da Saúde (OMS) passaram a ser seguidas. Os salões das unidades foram fechados e os usuários buscam os marmitex para consumir em outros locais. Fiscais coordenam as filas de modo que o distanciamento entre os clientes seja de um metro e meio. O uso de máscaras é obrigatório, e a limpeza foi intensificada. Os cidadãos podem lavar as mãos, antes de pegar a refeição, em pias sempre abastecidas com sabão líquido e papel toalha.
Atualmente, o Restaurante do Bem beneficia a população mais vulneráveis dos municípios de Goiânia, Anápolis, Rio Verde, Luziânia, Águas Lindas de Goiás, Valparaíso de Goiás, Caldas Novas, Jaraguá, Goianésia e Minaçu. As refeições são produzidas nas cozinhas das próprias unidades, atendendo todas as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O preparo das refeições é acompanhado por nutricionistas que garantem um cardápio saboroso, variado e o elogio de Leopoldina Ribeiro, 67 anos. A aposentada revela que, de segunda a sexta-feira, com seu passe livre, "pega" dois ônibus só para buscar a refeição. Leopoldina diz que vale a pena sair do Goiânia Viva, na região Oeste de Goiânia, e ir até a unidade do Restaurante do Bem, localizada em Campinas. "Nossa, eu gosto do tempero daqui! A comida é barata e gostosa, sem muito sal e gordura. Compensa sair da casa às 9h da manhã para buscar a marmita."
Investimento no bem
Com foco na segurança alimentar, entre julho de 2019 e julho de 2020, o Estado investiu R$ 18.864.012,34 no programa Restaurante do Bem. O Governo de Goiás também destinou, em 2019, o valor de R$ 4.696.570,14 para o pagamento de dívidas deixadas pelos governos anteriores.
Por causa da pandemia, as unidades do Restaurante do Bem de Campinas (Goiânia) e Luziânia passaram a distribuir refeições para a população em situação de rua. Na capital já foram entregues 21.300 marmitas e em Luziânia, 8.400. A ação é resultado de parcerias com as secretarias municipais de Assistência Social, encarregadas da distribuição, que ocorre de segunda a sexta-feira.
Há quatro meses em situação de rua, A.M.S, 35 anos, conta que a marmita entregue pelo Governo de Goiás, por meio da OVG, tem sido a única refeição diária que ela e o marido fazem. "Antes, donos dos restaurantes e pessoas que nos viam na rua nos davam suas sobras de comida. Com a pandemia, isso quase não acontece mais."
A.M.S agradece por ter acesso a "um prato de comida", e diz que pegar a "quentinha" lhe traz esperança em dias melhores. "A comida é tão gostosa, tem até fruta. A gente se sente mais gente quando percebe que ainda importamos para alguém. É isso que sinto quando espero a minha vez de pegar a marmita."
Adryanna Melo Caiado, diretora-geral da OVG, ressalta que a experiência com o Programa Restaurante do Bem é maravilhosa e gratificante, uma garantia de comida de qualidade para os mais vulneráveis. Segundo ela, a iniciativa ganhou ainda mais sentido e importância nesses tempos de pandemia. "Em meio a esse período delicado, a comida é um conforto. Nossas "marmitas do bem" estão confortando e levando dignidade para muita gente", ressalta.
A presidente de honra da OVG e coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais, primeira-dama Gracinha Caiado, reforça que as unidades do Restaurante do Bem ajudam a compor a rede de segurança alimentar. "Com o apoio do Governo de Goiás, que prioriza o olhar social, vamos combatendo a fome, cuidando daquela parcela da população que mais precisa e que, muitas vezes, não consegue fazer uma refeição de qualidade a um preço acessível", afirma Gracinha Caiado.
Fonte: Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) - Governo de Goiás