Todos os anos, durante o período de seca, a SEFAC promove campanha para que se evite as queimadas, como apoia órgãos de combate a incêndio na região, observando seus impactos e advertindo de que se trata de crime ambiental, segundo o Artigo 41 da Lei no 9.605, de 1998.
Os focos de incêndios em matas e florestas vêm subindo exponencialmente, como aponta o Instituo de Pesquisa Espacial – Inpe –, ocasionando perdas irreparáveis na biodiversidade, danos à saúde e contribuindo muito com o aquecimento global.
No Cerrado, o Inpe, em junho, registrou 4.181 focos de calor, o maior número desde 2010, ou seja, em 11 anos. De junho de 2020 a junho 2021 houve aumento de 20%.
A fauna e a flora do bioma são afetadas de forma contundente. O Instinto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE – apontou que das 3.299 espécies ameaçadas de extinção no país, 1.061 estão no Cerrado [19,7%].
As queimadas infertilizam o solo, pois eliminam nutrientes e matam os microrganismos que auxiliam o desenvolvimento das plantas; reduz a umidade do solo, levando à desertificação. Polui, com as cinzas espalhadas, rios e nascentes e, ao penetrarem no solo, contaminam as águas subterrâneas.
Incêndios florestais impactam diretamente o clima. São umas das causas do aquecimento global, porque gases do efeito estufa [GEE], principalmente o dióxido de carbono e metano são laçados na atmosfera.
Temos de compreender que tudo está interligado. Além das queimadas locais, incêndios e desmatamento na Amazônia afetam diretamente o Centro-Oeste, causando uma seca muito mais severa.
No dia 9 de agosto, a ONU divulgou o primeiro dos relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas – IPCC- declarando, em sua rede social, que "o aquecimento global está sendo inequivocamente impulsionado pelo homem num ritmo sem precedentes. António Guterres, [secretário-geral da ONU] afirmou que o relatório do IPCC é um alerta vermelho para a humanidade".