A campanha de vacinação de bovinos e bubalinos referente à primeira etapa de 2020, realizada no período de 20 de abril a 31 de maio deste ano, atingiu o índice de 99,08% de imunização espontânea, ou seja, rebanho vacinado por iniciativa dos pecuaristas. De um plantel estimado em 22.782.519 cabeças foram vacinados 22.573.614 animais. Os dados, registrados no Sistema de Defesa Agropecuária de Goiás – Sidago, foram divulgados hoje (1º/7) pelo Governo Estadual por meio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária – Agrodefesa.
Conforme o presidente da Agência, José Essado, o índice de imunização alcançado de forma espontânea é muito expressivo e evidencia o engajamento e a responsabilidade dos pecuaristas, que demonstram ter plena consciência da importância de garantir a sanidade do rebanho, condição que abre cada vez mais mercados no Brasil e no exterior para a carne produzida em Goiás.
"A vacinação ocorreu num momento difícil, de enfrentamento da pandemia do Novo Coronavírus, mas ainda assim os pecuaristas atenderam ao chamado do Governo Estadual e fizeram sua parte na questão sanitária animal. Isso é motivo de contentamento e de reconhecimento do esforço dos criadores, do serviço veterinário oficial e dos nossos servidores", afirma Essado. Ele também aproveita para agradecer o apoio da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Seapa, da imprensa em todo o Estado e das entidades que se engajaram para que a campanha fosse exitosa.
Uso do meio eletrônico
Um aspecto relevante verificado na primeira etapa deste ano foi o aumento significativo do número de produtores que apresentaram as declarações em meio eletrônico, medida intensamente recomendada pela Agrodefesa, para evitar aglomeração de pessoas nas Unidades Locais, em razão da Covid-19. Até final do ano passado, pouco mais de 20% dos produtores rurais possuíam login e senha no Sidago para operações como emissão de Guias de Trânsito Animal – GTAs, emissão de Nota Fiscal, declaração de vacinação e outros serviços.
Esse índice subiu no primeiro semestre de 2020 para mais de 40%. Em relação às declarações, 53.057 produtores utilizaram o meio eletrônico, enquanto 70.998 ainda utilizaram o atendimento presencial para fazerem as declarações. A Agrodefesa continua empenhada em mostrar aos produtores rurais as vantagens do uso das ferramentas eletrônicas, o que contribui para evitar deslocamentos desnecessários, perda de tempo e mais gastos.
Providências
O prazo para apresentar a declaração de vacinação terminou em 30 de junho. Pelos dados do Sidago, ficaram sem receber a vacina ou não houve informações de declaração de 208.905 cabeças, ou seja, o equivalente a 0,92% de todo o rebanho. Esse acompanhamento é feito de forma automática em meio eletrônico por todos as unidades da Agrodefesa. Assim, ao longo do mês de julho, os profissionais da Agência vão fiscalizar as propriedades que deixaram de apresentar a declaração para saber a real situação e adotar as providências legais cabíveis.
Ao se constatar que o pecuarista não vacinou nem declarou, ele será autuado e terá de pagar multa de R$ 7,00 por cabeça não imunizada. E ainda terá de providenciar a vacinação. Se tiver vacinado, mas não apresentou declaração, será penalizado com multa de R$ 300,00 por propriedade. Em ambos os casos, enquanto não cumprir as normas legais, continua impedido de movimentar os animais para quaisquer finalidades. A Agrodefesa tem até o dia 30 de julho para encaminhar o relatório final da primeira etapa de vacinação ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa.