Em meio à pandemia da Covid-19, que afetou as atividades produtivas em todo o mundo, causando quebra de empresas e desemprego, a mineração será decisiva para a retomada da economia. A opinião foi manifestada pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, que também preside o Conselho Temático de Mineração (Comin/CNI), ao participar na última quarta-feira (16/06) do E-Mineração, evento de negócios virtual realizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). Em dois dias do encontro, em ambiente virtual, houve palestras, rodada de negócios, lives, entre ouras atividades destinadas a abrir canal direto com mineradoras em reuniões virtuais exclusivas e reservadas, numa ação setorial voltada a contribuir com a retomada da economia brasileira.
Sandro Mabel mediou a palestra virtual Oportunidades e Financiamentos para o Setor Mineral, com participação de Eduardo Cardoso e Thiago Bonas, respectivamente sócio e CFO e sócio e diretor de Recursos Minerais da Ore Investments; do diretor de relacionamento da B3 (bolsa de valores oficial do Brasil), Rogério Santana; do diretor de Relações Institucionais do Ibram, Rinaldo Mancin; e do gerente de Inteligência Setorial do Departamento de Indústria de Base e Extrativa do BNDES, Pedro Dias.
Para o presidente do Comin/CNI, a mineração tem potencial para embalar a superação da crise, mas precisa de apoio. "O sólido desempenho do setor mineral ainda vem sendo favorecido por uma conjuntura de alta do dólar e reaquecimento da demanda internacional e a valorização dos preços dos minérios. Precisamos aproveitar esse momento e promovermos o que eu chamo de "onda da mineração", que nada mais é do que reconhecer que a mineração é a indústria das indústrias e que ela pode se tornar o novo motor para o desenvolvimento nacional", ressaltou Sandro Mabel ao abrir a rodada de palestras.
Ele destacou estratégias para estimular o desenvolvimento mineral, como facilitar o acesso ao crédito para a mineração, seja via financiamento bancário, seja via captação no mercado de capitais. "Países como Austrália e Canadá possuem esses mecanismos de financiamento mais adequados à realidade da mineração. Não desenvolver esses mecanismos é ficar para trás dos nossos competidores e abrir mão de nosso potencial", alertou.