As manifestações pedindo intervenção militar e o fechamento do Congresso Nacional, registradas neste domingo (19), e que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em Brasília, gerou ampla repercussão no meio político e jurídico.
Dos 27 governadores que integram o Fórum Nacional de Governadores, 20 deles assinaram uma carta aberta, neste domingo (19), endereçada ao presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticando as recentes falas do presidente Jair Bolsonaro sobre a postura dos dois líderes.
Aliado de Maia e Alcolumbre o governador Ronaldo Caiado (DEM) assinou o documento e trouxe também todos os três governadores do DEM e os governadores do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Dentre governantes do Centro-Oeste, apenas o Distrito Federal não subscreveu o documento.
A carta foi articulado primeiramente pelos governadores do Nordeste, tendo à frente os oposcionistas Flávio Dino (PCdoB-MA), Camilo Santana (PT-CE) e Renan Filho (MDB-AL).
No Sudeste três, dos quatro governadores assinaram o manifesto: João Dória (PSDB-SP), do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB) e do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC), fican dfo de fora o goveenasor de Minas Gerais, Romeu Zema(Novo).
No Sul apenas o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD) não quiz assinar o documento.
A carta reuniu num mesmo bloco governantes de esquerda, centro esquerda, direita e centro direita, sendo quatro governadores do PT (BA, CE, PI, RN), três governadores do PSDB (SP, RS e MS), três do PSB (ES, PE, PB), três do DEM ( GO, MT, TO), dois MDB (AL, PA), PCdo B(MA), PSC(RJ), PSL, (SC), PDT(AP) e PSD (SE).
Leia a íntegra do manifesto:
CARTA ABERTA À SOCIEDADE BRASILEIRA EM DEFESA DA DEMOCRACIA
Nossa ação nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios tem sido pautada pelos indicativos da ciência, por orientações de profissionais da saúde e pela experiência de países que já enfrentaram etapas mais duras da pandemia, buscando, neste caso, evitar escolhas malsucedidas e seguir as exitosas.
Não julgamos haver conflitos inconciliáveis entre a salvaguarda da saúde da população e a proteção da economia nacional, ainda que os momentos para agir mais diretamente em defesa de uma e de outra possam ser distintos.
Brasília, 19 de abril de 2020.