Os respiradores, desenvolvidos pela Universidade de São Paulo (USP) e produzidos pela Marinha, serão repassados para o Consórcio Intermunicipal da Saúde da Região Oeste II – Ciso II de São Luís de Montes Belos e para a região Rio Vermelho Araguaia (Cisriva). De acordo com o parlamentar, trata-se de uma iniciativa importante e que contribuirá, de forma significativa, para o tratamento de pacientes hospitalizados que foram infectados pelo novo coronavírus.
"Sabemos que essa doença pegou a todos de surpresa, trazendo muitas dificuldades para os municípios goianos. Mas com a capacidade, força de vontade e dedicação dos nossos técnicos em saúde pública, conseguimos nos reinventar, desenvolvendo iniciativas voltadas para a superação dessa crise. Com certeza, o repasse desses equipamentos para as cidades do nosso estado contribuirá muito para o atendimento e suporte ventilatório dos pacientes que estão hospitalizados com a covid-19. O Poder Legislativo de Goiás está atento e continuará atuando para apoiar ações como essa. Esse é o nosso compromisso enquanto representantes públicos", pontuou Lissauer.
O presidente da Alego ressaltou, ainda, a importância dos consórcios municipais, bem como a cooperação estabelecida entre os gestores goianos. Segundo ele, é por meio das parcerias que os benefícios chegam até a comunidade. "Precisamos ter sempre esse desprendimento e humildade para trabalhar de forma conjunta em prol dos nossos municípios, buscando valorizar, cada vez mais, os consórcios municipais. Vejo que essa colaboração e unidade entre os nossos gestores, principalmente das cidades menores, otimiza ações, reduz custos e traz os benefícios necessários para a população goiana", frisou.
Também presente na solenidade, o prefeito de São Luís de Montes Belos, Major Eldecírio, reforçou que os equipamentos destinados para a saúde pública do município contribuirão para a preservação de vidas. "Infelizmente, todos nós sabemos que muitas vidas se perderam por conta dessa doença e nós não tivemos condições de salvá-las, mas com a chegada desses aparelhos, teremos a oportunidade de continuar trabalhando para garantir que vidas sejam salvas. Em nome do Consórcio Regional de Saúde da Região Oeste II, recebo com muito orgulho esses respiradores que representam, acima de tudo, mais esperança para a nossa população", disse.
Por sua vez, o presidente executivo da Rede Nacional de Consórcios Públicos, Victor Borges, destacou a atuação da entidade na área da Saúde como instrumento de cooperação e apoio aos gestores municipais. "Nós acreditamos que é pela força da associação dos municípios que conseguiremos vencer todos os desafios, especialmente, na saúde pública. Esses respiradores são fundamentais para o ato principal de nossas vidas, que é respirar. Então, que os prefeitos e os secretários municipais possam utilizá-los da melhor forma, porque quem salva uma vida, salva uma geração inteira", afirmou.
Participaram, ainda, da cerimônia de entrega dos equipamentos o presidente da Frente Parlamentar dos Consórcios Públicos em Goiás, deputado Karlos Cabral (PDT); superintendente de Ação Integrada à Saúde, Sandro Rodrigues; os prefeitos Anderson Liberato (Cidade de Goiás), Erivaldo Alexandre (Itapirapuã) e Paulo Vieira (Faina); secretária executiva do Ciso II, Marta Selma; secretário executivo do Cisriva, Vandré Borges; representante da RNCP em Goiás, Evanilde Fernandes e o diretor da Escola do Legislativo, Teófilo dos Santos.
Rede Nacional de Consórcios Públicos
A Rede Nacional de Consórcios Públicos (RNCP) fomenta e articula políticas públicas em favor dos consórcios públicos em todos os estados da Federação. A articulação se dá com os entes dos governos municipais, estaduais e federal. A entidade também defende a solução consorciada para várias gestões, como nas áreas de saúde, saneamento, meio ambiente, desenvolvimento regional, tributária e apoia, desde o ano passado, o programa "Inspire", da Universidade de São Paulo (USP), que produz e distribui respiradores para municípios e consórcios públicos.
Os equipamentos, desenvolvidos por pesquisadores e voluntários da Escola Politécnica (Poli) da universidade, em parceria com a Marinha do Brasil, são de baixo custo, funcionam de forma precisa e automatizada, podem ser produzidos em até duas horas. E, ainda: utilizam tecnologia brasileira, são portáteis, possuem autonomia de até duas horas em caso de falta de energia elétrica, não necessitam de uma linha de ar comprimido para o funcionamento e são ideais para hospitais de campanha, ambulâncias e regiões remotas.
