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Caiado anuncia parceria em fiscalização no comércio e não descarta novo decreto

Sobre sua postura diante do governo federal, ele foi enfático: "Sou um político convicto das minhas ideias e tenho muita independência em me posicionar em todo momento"

Por Redação em 05/05/2020 às 16:47:50
Governador Ronaldo Caiado durante reunião remota. (Foto: Octacilio Queiroz)

Governador Ronaldo Caiado durante reunião remota. (Foto: Octacilio Queiroz)

O Governo de Goiás e as Prefeituras goianas estão intensificando a fiscalização ao cumprimento dos protocolos estipulados para a reabertura gradual dos comércios no Estado, a partir do decreto editado em 19 de abril. Esta foi a mensagem deixada pelo governador Ronaldo Caiado ao participar da live do jornal O Popular, com participação das jornalistas Gabriela Lima e Fabiana Pulcineli, na manhã desta terça-feira (5/5).

"Houve um período para que todos se adequassem. Depois não terão direito de reclamar, caso venham a ocorrer multas ou cassação de autorização ou outorgas das empresas. Temos que sensibilizar os goianos e passar por esta pandemia, se Deus quiser, no mesmo percentual dos últimos 60 dias", prospectou o governador. A flexibilização das atividades, o pacote de socorro aos estados e municípios e a relação com o Governo Federal foram alguns dos temas debatidos por mais de uma hora de transmissão.

Sobre a possibilidade de estabelecer lockdown (bloqueio total) em Goiás, Caiado frisou que esta possibilidade nunca foi cogitada nos diálogos que tem travado cotidianamente com os presidentes de Poderes constituídos e prefeitos, desde quando passou a adotar medidas de enfrentamento à epidemia da Covid-19. No entanto, não descartou a possibilidade de rever o último decreto que permitiu a flexibilização do comércio, uma vez que o percentual de isolamento social no Estado apresentou significativa queda nos últimos dias. "Vamos continuar com o monitoramento e, caso haja resistência em atender aos protocolos, podemos pensar em um decreto para retomar as regras anteriores", comentou Caiado.

Durante a entrevista, Caiado ressaltou a importância das ações dos prefeitos Iris Rezende (Goiânia), Gustavo Mendanha (Aparecida de Goiânia) e Roberto Naves (Anápolis), que intensificaram a fiscalização nos municípios, o que servirá de parâmetro para manutenção ou não das atividades comerciais. "Precisamos ter um número significativo de fiscais para poderem analisar se os protocolos estão sendo cumpridos conforme o último decreto para assim decidir se mantém ou não as portas abertas. Se todas essas ações não forem suficientes, nós iremos, sim, com Ministério Público, Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa de Goiás, Tribunal de Contas do Estado, Defensoria Pública, Tribunal de Contas dos Municípios, fazer outro decreto que seja bem restritivo naqueles pontos que identificarmos os maiores problemas", antecipou o governador.

A relação na esfera federal também foi abordada, ao citar a audiência com o presidente Jair Bolsonaro, na tarde de ontem (4/5), na qual trataram, entre outros assuntos, do pacote de ajuda aos Estados brasileiros. Questionado sobre sua postura com relação ao governo federal, o governador foi enfático: "Ronaldo Caiado é um político independente. Nunca na minha vida segui script". No que tange à epidemia, ele garantiu que sempre se pautará pela ciência e critérios estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da Saúde. "Sou um político convicto das minhas ideias e, tenho muita tranquilidade em me posicionar em todo momento. Considero-me aliado político da população do Estado de Goiás, com responsabilidade que tenho com 7 milhões e 200 mil goianos."

"Cultura individualista"
Sobre sua proposta de acolher pacientes de Covid-19 provenientes de outros Estados, ele foi claro: "Estamos em uma guerra e o sentimento é de solidariedade. Não tem nenhuma vertente política, mas humanitária. Temos que despertar em todos nós, brasileiros, o sentimento de amor ao próximo. Como médico que sou, não acredito que se constrói um País com uma cultura individualista. Esta cultura precisa ser quebrada", pontuou.

Ainda sobre o assunto, o governador exemplificou que no cenário atual, nada impede que um hospital em Porangatu, por exemplo, receba um paciente do Tocantins, auxiliando o tratamento ao encurtar distâncias e facilitar a logística. No entanto, reforçou, este cenário depende exclusivamente do comportamento dos goianos. "O que vai acontecer daqui para frente depende exclusivamente dos cidadãos goianos. Hoje temos condição de atender, mas devemos direcionar esta pergunta à população do Estado de Goiás. Vocês querem ver os leitos de Goiás serem suficientes para seus familiares? Então fiquem em casa", clamou.

O governador citou diversas medidas que vem adotando em prol da regionalização da Saúde mesmo em meio a todas as dificuldades, provenientes não apenas da pandemia, mas também da crise fiscal do Estado e dos anos de descaso com a saúde pública por parte de governos anteriores. Pontuou a estadualização de cinco unidades hospitalares – nas cidades de Jataí, São Luís de Montes Belos, Itumbiara, Formosa e Luziânia – além da conquista do Hospital de Campanha de Ãguas Lindas de Goiás.

Fonte: Secretaria de Comunicação - Governo de Goiás

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