Goiás: Daniel Vilela mostra maturidade e em sua visita ao prefeito de Catalão e ao seu grupo político e afirma em entrevista que MDB de Catalão continua como está

Na manhã da última sexta-feira (28/1), um dia após sua visita a cidade de Catalão, o ex-deputado estadual e federal, presidente do MDB goiano e pré-candidato a vice-governador na chapa do atual governador Ronaldo Caiado (DEM) - Daniel Vilela concedeu entrevista a Rádio Cultura de Catalão, onde a primeira pergunta foi feita de forma diretão indagando sobre qual o verdadeiro motivo da visita a Prefeitura de Catalão: "A política nessa cidade é histórica e tradicionalmente muito intensa e rígida, mesmo nesse momento onde não se tem um processo eleitoral municipal. Visitei o prefeito Adib Elias Júnior que, não posso deixar de reconhecer seu trabalho e que ele enquanto esteve no nosso partido foi um líder importante. Tivemos nossas divergências políticas e eleitorais, mas temos que olhar para frente. Na política e até na vida não podemos ficar olhando pelo retrovisor. Precisamos deixar essa divergências e seguir em frente, mantendo sempre um respeito. E o objetivo da visita foi iniciar um diálogo, já que estamos em um projeto eleitoral do qual estamos compondo a mesma base política que é liderada pelo governador Ronaldo Caiado. Por tanto, acho que da minha parte, era importante mostrar esse gesto de ir aí e buscar e construir um novo momento político.

Em relação as divergências com o gestor de Catalão, Vilela ainda acrescentou: "Vamos deixar para trás os erros e acertos que todos nós tivemos. A gente não precisa voltar atrás porque cada um terá a sua leitura daquele momento, onde um lado vai achar acertou e o outro errou e vice versa, mas isso não vem no caso agora. Temos que ter a maturidade, o equilíbrio, a ponderação de pensar que a discussão maior nesse momento e fortalecer um grupo que possa continuar trabalhando e melhorando nosso Estado de Goiás".

MDB Catalano e Região Sudeste

Grupos e veículos de comunicação ligados a a gestão de Adib , pouco após a visita, soltaram diversos pontos sobre a visita, inclusive, em uma lista se dava conta de que o MDB teria voltado para o grupo de Elias. No entanto, apesar de dizer que a solicitação foi feita, o presidente disse que há impedimento estatutário e que esse fato não poderá acontecer nesse mandato da diretoria atual presidida por Orioval Cândido Leão Junior - Juninho: "Foi sim, solicitado que fosse passado o partido para o grupo. O MDB na cidade de Catalão têm diretório constituído, não é comissão provisória. E a partir do momento que constitui diretório, você têm as lideranças com garantia estatutária durante todo aquel mandato. E temos aqui os nossos líderes que nós temos todo reconhecimento e a gratidão, como presidente do partido, por estarem segurando a bandeira do partido, por terem nas eleições municipais disputado a eleição, levado o nosso partido para o processo. E então não cabe nesse momento essa colocação".

E nesse sentido ainda enfatizou sua relação com os líderes atuais do partido em catalão e na cidade de Ouvidor e sua gratidão pelo trabalho que eles desenvolvem: "O Elder Galdino foi nosso candidato a prefeito e teve uma excepcional desempenho, que e uma pessoa extraordinária e tem uma história de vida de muito sucesso construída com muito trabalho e que tem nosso reconhecimento e que tem também, naturalmente, suas pretensões políticas. Assim como o Onofre Galdino Pereira Júnior, o Onofrim que foi prefeito de Ouvidor é um grande amigo que eu tenho, que é vice-presidente do MDB estadual e é uma pessoa que hoje, sem dúvida nenhuma, tem uma presença muito forte no partido".

Ao falar sobre sua posiciono em buscar unidade para o grupo em todo estado e com toda base que é liderada por Caiado, Vilela destaca não ter havido avanços através do encontro: "Estive e estarei sempre presente para buscar uma harmonia dentro de todo o nosso grupo político, sempre que for necessário da nossa base política partidária para auxiliar nesse processo liderado pelo Caiado. Não vou dizer que tivemos qualquer avanço no dia de ontem. O que fiquei satisfeito foi de reunir e encontrar pessoas que tiveram história com o partido, com o meu pai [Maguito Vilela] como o Adib , o Dr. João Sebba, pessoas que a gente tem história. E como político acredito, como o nosso governador que devemos estar sempre buscando unidade, união em prol dos desafios que são impostos a classe política e ao setor público".

Outro fator especulado é que na reunião teria ficado definido que para auxiliar no processo de construção do projeto do escolhido do prefeito, pretenso adversário poderia assumir uma pasta. Ao ser perguntado sobre o fato colocou: "Não tenho essa responsabilidade e esse trabalho em relação ao Governo do Estado. O governador Ronaldo Caiado é que é o líder e é ele que têm que promover as tratativas sobre composição do seu governo. É claro que, sempre que puder ajudar do ponto de vista político, de estar fazendo a interlocução política para o governador, estarei fazendo. Mas decisão como essa de festa gestão, de ocupação de funções e cargos elas não são tratadas, absolutamente, por mim".

E finalizou dizendo sobre a imposição feita pelo prefeito em entrevistas que Daniel deveria pedir que não houve pedidos de desculpas, porque segundo ele, não existia motivos : "Não, não houve pedido de desculpas, até porque acho que não é questão de desculpas.Naquele momento, a maioria pensava que deveria ter uma candidatura própria, já o prefeito Adib e alguns outros membros acharam que não. Cada um com seu ponto de vista e foi tomadas as decisões que cada um achou que era certo. E as medidas do grupo foram sobre esse momento. Mas como já disse ele passou e não há porque debater algo que passou e que cada um tem sua visão".