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Intolerância com diferenças afeta a saĂșde mental

Neste Janeiro Branco Ă© importante cuidar do temperamento. Psicóloga orienta autoconhecimento e dĂĄ dicas para uma melhor convivĂȘncia com o diverso, inclusive nas redes sociais

Por Redação, Carlos Duarte e Informações: Dayse Luan em 06/01/2024 às 23:34:49
A psicóloga Wanessa Rios explica que quando a diferença não é encarada como oportunidade surgem os conflitos (Arquivo Pessoal)

A psicóloga Wanessa Rios explica que quando a diferença não é encarada como oportunidade surgem os conflitos (Arquivo Pessoal)

Mais de 74 mil denĂșncias de crimes envolvendo discurso de ódio pela internet foram encaminhadas, em 2022, para a Central Nacional de DenĂșncias de Crimes Cibernéticos da Safernet, organização de defesa dos direitos humanos em ambiente virtual. Esse foi o maior nĂșmero de denĂșncias de crimes de discurso de ódio em ambiente virtual jĂĄ recebidos pela organização desde 2017 e representou aumento de 67,7% em relação a 2021. A intolerância com o pensamento divergente se intensificou no Brasil nos Ășltimos anos. Essa falta de tolerância leva ao desrespeito e, muitas vezes, a brigas reais.

Neste Janeiro Branco, mĂȘs que ressalta a saĂșde mental, é importante observar o quanto essas discussões fazem mal às pessoas. A psicóloga Wanessa Rios, que atende no centro clĂ­nico do Órion Complex, em Goiânia, explica que quando a diferença não é encarada como oportunidade surgem os conflitos. "O problema é o julgamento. Incomodar-se com as diferenças fala mais a respeito do incomodado do que a história de alguém. Deve-se praticar a racionalização de que a sua opinião não invalida a do outro, pergunte-se por quĂȘ se incomoda tanto com o diferente".

A especialista destaca que aceitar não é concordar, mas entender que a diferença existe. "E ela não pode ser alterada pela sua opinião. Seja realista entre querer ter paz interior ou razão desenfreada. Afinal de contas, quantas vezes vocĂȘ perdeu sua razão ao tentar impor sua opinião? Indo ao ĂĄpice da agressividade acreditando que ganharia esse jogo no grito. Visivelmente muitos perdem a razão quando se posicionam dessa maneira tão intolerante. Em torno disso existem fatores de base familiar, culturais e sociais trazendo em massa esse descontrole".

Extremos
HĂĄ um dito popular que diz que certas pessoas são 8 ou 80, ou seja, vivem de extremos e não tĂȘm um meio termo. Alguns levam isso para as opiniões e, inclusive, não aceitam o meio termo do outro. "As primeiras reações a posturas divergentes costuma ser a de ficar na defensiva ou tentar forçar o seu ponto de vista a todo custo. Em vez disso, busque entender o pensamento do outro, isso é importante para ter uma convivĂȘncia ao menos respeitosa. Ao invés dos extremos prefira o depende, analise os fatos e lembre-se: pessoas dão o que tĂȘm. Muitos apontam o dedo, mas são incoerentes quando fazem parecido. Não julgue como totalmente bom ou ruim, certo ou errado, positivo ou negativo. Pode ser que num determinado contexto tenha sentido correto, jĂĄ em outro incorreto, simplesmente porque se difere quando se aprofunda. Reveja seus (pre) conceitos!", destaca a psicóloga.

Redes sociais
Wanessa Rios ressalta ainda como as redes sociais potencializam essas divergĂȘncias. "No mundo virtual nota-se uma dificuldade tremenda de lidar com opiniões diferentes, não raro esses debates acabam em brigas. Embora seja importante expressar como se sente e dizer o que pensa, existem maneiras de fazer isso comunicando-se assertivamente, aprender a dialogar, a gerir frustrações e desapegar dessa mentalidade engessada que coloca suas opiniões como se fossem Ășnicas e corretas. Preserve a sua saĂșde mental! Ao invés de contestar, entenda a perspectiva do outro, faça as perguntas certas na posição de ouvinte pra que haja compreensão ao invés de acusação, focando nas semelhanças. Em um tom mais ameno busque algo em comum tentando entender tal ponto de vista de forma empĂĄtica, até pq as opiniões são formadas com base nas experiĂȘncias individuais".

A psicóloga dĂĄ dicas de como debater de forma saudĂĄvel. "Isso é um processo, se atente aos gatilhos que certos assuntos te despertam e lembre-se: seu passado não tem haver com essa situação. Esse jogo de terceirizar é um mecanismo de defesa, preste atenção em como se sente e pergunte-se o por quĂȘ desse incômodo, buscando maneiras mais adequadas de responder aos seus sentimentos. Em uma conversa casual ou discussão acalorada costuma-se querer dar uma opinião formada, tenha paciĂȘncia de ouvir e daĂ­ formular seu pensamento, acompanhe o ritmo, assim ganha tempo e vai digerindo o que pensa e sente. Não se agarre às suas perspectivas, até porque essa postura dificulta, aceite que talvez precise se acalmar e abandonar o seu ponto evitando uma cena desagradĂĄvel que possa te causar constrangimentos".

Buscando melhorar
A falta de flexibilização afeta a saĂșde mental das pessoas. "O desequilĂ­brio emocional se dĂĄ pelas reações exageradas, por alterações frequentes e sĂșbitas no humor. Esse estresse causa impacto significativo quanto ao equilĂ­brio e se excessivo pode levar a respostas emocionais fora do normal, provocando nĂ­veis elevados de ansiedade, prejudicando consideravelmente a saĂșde mental. Para ter flexibilidade emocional é preciso estar conectado com pensamentos e ações. Para se fazer isso existem diversas prĂĄticas que são facilitadoras. Embarque no autoconhecimento que trabalha o autocontrole, se despertando. Comece pelo respira, inspira e não pira. VĂĄ além dos por quĂȘs, a começar pelo para que isso te serve? Se não te ilumina, elimina!", aconselha a especialista.

Para manter o equilĂ­brio emocional em dia, Wanessa Rios orienta. "É importante se reconhecer, reforçando suas potencialidades, entendendo suas fragilidades e limitações. À medida que se conhecer mais aprenderĂĄ a lidar melhor consigo mesmo e, consequentemente, com o outro. É de suma importância compreender que tudo bem não estar bem o tempo todo nem concordar em tudo. Acredite nas suas capacidades, trabalhe suas dificuldades, controle sua reatividade diante das diferenças. Questione mais: e se fosse comigo? Deixe vir à tona boas ações, fazendo atividades que contribuam para sua descarga emocional. Aprenda a filtrar ao invés de ser esponja. Insista no seu bem estar, na sua saĂșde mental e na qualidade de vida, que deve ser prioridade".

Fonte: Com Informações da Comunicação Sem Fronteiras

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