O presidente estadual do MDB de Goiás, Daniel Vilela
Para o programa Jackson Abrão Entrevista, na manhã desta segunda-feira (18/4), o pré-candidato a vice-governador de Goiás, Daniel Vilela (MDB), disse que um dos principais motivos para sua conciliação com o governador Ronaldo Caiado (UB) foi a recuperação fiscal. O presidente estadual do MDB não citou em específico o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), mas afirmou que o governo "recuperou fiscalmente o Estado". "Talvez seja essa a principal razão para estarmos juntos hoje", afirmou o emedebista.
O emedebista também colocou na conta de Marconi Perillo (PSDB) a situação fiscal de Goiás após a eleição de 2018. "O estado que estava arrebentado, que foi falido pelo grupo do ex-governador Marconi Perillo, e depois enfrentou uma pandemia".
O RRF é um programa de socorro financeiro do governo federal que prevê o auxílio a estados em desequilíbrio fiscal por meio de conjunto de medidas de ajuste. A adesão oficial de Goiás teve início em janeiro de 2022, mas a suspensão do pagamento da dívida começou em setembro, quando o pedido de ingresso foi protocolado.
De acordo com o Conselho de Supervisão, o Estado teve um alívio financeiro de R$ 650 milhões entre setembro do ano passado e fevereiro. A aliança entre Caiado e Daniel Vilela foi oficializada em 24 de setembro de 2021, em evento em Goiânia.
Críticas a Marconi
Ao ser questionado sobre críticas a Caiado feitas pelo pré-candidato ao governo, Gustavo Mendanha (Patriota), e por Marconi Perillo (PSDB), Daniel Vilela rebateu o ex-governador. "Quem é o ex-governador Marconi Perillo para falar de cooptação de prefeitos? Essa era a política mais adotada por ele", declarou, se referindo ao apoio dos prefeitos à reeleição do governador. Segundo Daniel, o apoio a Caiado se deve à execução de repasses de verbas constitucionais em dia aos municípios.
Por meio de nota, o ex-governador afirmou que Vilela é incoerente e criticou a aliança com o governador. "Ataca nossos governos e defende quem ele atacou até poucos dias atrás", disse. - "Quem quer a volta do Marconi já tem uma opção: é só votar no Gustavo", diz Daniel Vilela
Candidato ao Senado
Perguntado sobre a definição do candidato ao Senado da chapa de Caiado, Daniel disse que espera uma decisão em breve. Ele também elogiou o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Lissauer Vieira (PSD), que é um dos cotados para concorrer ao Senado na chapa. "Se de fato for essa sua pretensão, acredito que ele reúna todas as qualificações e pretensões pra não só ser candidato, como um grande senador."
O presidente estadual do MDB também disse que não entendeu a desistência de Henrique Meirelles (UB) da candidatura. "Ele vivia uma indecisão em ser candidato ou não, por razões pessoais, por razão estágio da vida que ele se encontra, mas não posso dizer que teve algum fator decisivo que o inibisse de ser candidato", disse.
Após desistência do Senado em Goiás, Henrique Meirelles se filia à União Brasil - Lissauer Vieira se filia ao PSD e é cotado para disputar o Senado
Tio na Secom Daniel negou que tenha indicado o jornalista e pesquisador Gean Carvalho, seu tio, para assumir a Secretaria de Comunicação do Governo de Goiás, mas disse que foi consultado. "O governador, naquele momento em que havia necessidade de fazer uma substituição, conversando comigo, me perguntou sobre a possibilidade da participação dele. Eu conversei com ele (Gean Carvalho), e ele se prontificou a trabalhar com o governo, assumindo a secretaria." Dois meses após assumir a Secom, Gean Carvalho deixou a pasta, que agora tem como titular Adriano da Rocha Lima, ex-secretário-geral da governadoria. Candidatura em 2026
O emedebista chamou de "futurologia" as especulações sobre sua candidatura ao governo de Goiás em 2026, após possível reeleição de Caiado em 2022. "Com muita tranquilidade, isso não é algo que foi conversado, que foi acordado", afirmou. Vilela disse que tem vontade de "ter a oportunidade de governar o Estado" como qualquer político. "Não seria hipócrita, demagogo, de dizer que não", concluiu.
Fonte: Com informações do Jornal O Popular On-line
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